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Itamaraty estima que hidrovia compartilhada com o Uruguai será entregue em 2023

Chanceler brasileiro, Carlos Alberto França estimou, em encontro com autoridades uruguaias, que hidrovia na Lagoa Mirim será concluída no ano que vem.
Sputnik
O chanceler uruguaio, Francisco Bustillo, se reuniu nesta terça-feira (3) com seu homólogo brasileiro, Carlos Alberto França, para debater aspectos comerciais e de infraestrutura.
Segundo o El País, França anunciou que "no próximo ano teremos uma hidrovia para as lagoas e também a questão elétrica, na qual se pode avançar bastante".
"[A eletricidade] é um importante produto de exportação do Uruguai para o Brasil, e podemos tentar garantir que não seja um evento isolado", disse o brasileiro.
Os chanceleres trataram também de temas bilaterais, como integração física, cooperação fronteiriça, interconexão elétrica e normalização das fronteiras após a pandemia, e internacionais, como o conflito na Ucrânia e seus impactos.
O projeto de criação de uma hidrovia na Lagoa Mirim, que está sendo trabalhado, permitirá exportações do Brasil e da Argentina equivalentes a mais de 5 milhões de toneladas por ano. O corpo d'água está localizado na fronteira entre os dois países — no Uruguai recebe o nome de Laguna Merín.
Há poucas semanas, os governos do Uruguai e do Brasil receberam os estudos de viabilidade econômica do projeto hidroviário, elaborados pela empresa DTA Engenharia.
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"Em todas as questões do Mercosul, concordamos com a necessidade de modernizar e abrir o Mercosul, e é disso que se trata. Continuaremos conversando no futuro próximo", acrescentou o diplomata brasileiro.
O Brasil ocupa papel de destaque no comércio exterior uruguaio, tendo sido em 2021 o segundo parceiro comercial do país: primeiro fornecedor e segundo consumidor. A corrente comercial é composta sobretudo por produtos industrializados (81%).
O fluxo comercial bilateral experimentou forte recuperação em 2021, com crescimento de 35,2% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 3,8 bilhões (R$ 18,8 bilhões).
As exportações aumentaram 17,5%, atingindo o valor de US$ 2 bilhões (R$ 9,9 bilhões), enquanto as importações brasileiras cresceram 63,3%, somando US$ 1,8 bilhão (R$ 8,9 bilhões).
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