Panorama internacional

Turquia reitera que OTAN não intervirá no conflito da Ucrânia, mas responderá a qualquer agressão

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia repetiu a posição da OTAN de que não entrará diretamente no conflito na Ucrânia, apesar de deixar um aviso indireto à Rússia.
Sputnik
Mevlut Cavusoglu, ministro das Relações Exteriores da Turquia, garantiu no domingo (1º) que a OTAN não intervirá no conflito na Ucrânia, mas deixou uma advertência em declarações ao jornal Hurriyet.
"A posição da OTAN é clara. Não entraremos na guerra da Ucrânia, mas responderemos se acontecer o mínimo ataque a qualquer aliado", afirmou o chanceler turco.
A Aliança Atlântica declarou várias vezes que não participaria diretamente em ações militares na Ucrânia em meio à operação especial da Rússia, mas acelerou o fornecimento de armas a Kiev, passou a treinar militares ucranianos no manuseio de armas ocidentais avançadas e proporciona extenso apoio econômico, logístico e de inteligência às forças ucranianas.
Moscou critica a entrega de armas à Ucrânia, argumentando que elas apenas prolongam o conflito, e sublinhando que as considera alvos militares legítimos.
No sábado (1º) foi apresentada no Congresso dos EUA uma proposta de resolução que permitiria ao presidente do país usar a força militar na Ucrânia se a Rússia usar armas químicas, biológicas ou nucleares.
Na quinta-feira (28) Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, estimou que "existe grande possibilidade de que esta guerra se estenda e dure por meses e anos".
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Como Estado-membro da OTAN, a Turquia fornece armamento, incluindo drones Bayraktar TB-2, à Ucrânia, e realiza manobras militares com a Aliança Atlântica, mas defende uma resolução pacífica do conflito e diálogo entre Vladimir Putin e Vladimir Zelensky, presidentes da Rússia e da Ucrânia, respetivamente. Além disso, Ancara se recusou a impor sanções a Moscou, e usa os sistemas de defesa antiaérea russos S-400, o que levou a ser expulsa do programa norte-americano de produção de caças F-35.
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