Panorama internacional

Reino Unido promete mais US$ 375 milhões em ajuda militar à Ucrânia

O Reino Unido disse nesta segunda-feira (2) que fornecerá US$ 375 milhões (R$ 1,9 bilhão) a mais em ajuda militar à Ucrânia, incluindo equipamentos de guerra eletrônica.
Sputnik
Até agora, o Reino Unido enviou à Ucrânia mais de 5 mil mísseis antitanque e cinco sistemas de defesa aérea, bem como outras munições e explosivos, escreve a Reuters.
O gabinete do primeiro-ministro Boris Johnson disse que, além de outros equipamentos, o país oferecerá dispositivos de visão noturna, ferramentas para bloquear navegação por satélite, drones de carga pesada para reabastecer tropas ucranianas e carros blindados.
O chefe de Estado britânico pretende se dirigir ao Parlamento da Ucrânia na manhã de terça-feira (3), onde fará o anúncio oficial.
No último dia 27, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que o Ocidente organiza um "carrossel infernal" para entregar armas a Kiev.
Panorama internacional
Ajuda militar de US$ 33 bilhões de Biden à Ucrânia beneficia acionistas dos EUA, dizem especialistas
Em 28 de abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, solicitou ao Congresso de seu país mais US$ 33 bilhões (cerca de R$ 164 bilhões) em "suplemento adicional" aos pacotes de ajuda militar à Ucrânia.
De acordo com Biden, o pacote vai garantir "um fluxo ininterrupto de armas e munições" para as forças locais.
No último sábado (30), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, urgiu os EUA e seus aliados a pararem de fornecer material bélico à Ucrânia caso estejam "realmente interessados em resolver a crise" no país.
De acordo com especialistas, a falta de monitoramento pode levar à reexportação ou ao roubo de materiais bélicos por grupos armados ilícitos, assim como à criação de um ambiente de insegurança constante.
Panorama internacional
Tropas russas destroem hangar com armas dos EUA e países europeus próximo de Odessa, na Ucrânia
No caso dos EUA, há a preocupação de que parte dos armamentos fornecidos acabe em poder de grupos que Washington não tem a intenção de armar.
Autoridades buscam evitar a repetição de cenários como o do Afeganistão, quando armas cedidas pelos EUA a grupos que lutavam contra o Exército soviético acabaram no arsenal de grupos adversários de Washington, como o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista).
Recentemente, uma investigação da CNN revelou que armas fornecidas pelos EUA à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos acabaram sendo transferidas para grupos que Washington classifica de terroristas, como Al-Qaeda e Daesh (organizações terroristas proibidas na Rússia e em vários outros países).
Panorama internacional
Armas enviadas para Ucrânia podem acabar no mercado negro, revelam especialistas
Comentar