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Embargo ao petróleo russo pode ter resultados imprevisíveis, diz jornal alemão

Embargo ao petróleo russo seria um "experimento com resultados desconhecidos" para a economia europeia, escreve o colunista Klaus Stratmann no jornal alemão Handelsblatt.
Sputnik
Anteriormente, a agência DPA informou, citando suas próprias fontes, que o governo alemão apoia os planos da União Europeia (UE) de impor um embargo às importações de petróleo russo. Segundo a agência, durante as últimas negociações preliminares sobre o sexto pacote de sanções, Berlim "pronunciou-se claramente" a favor do embargo.
Segundo o colunista, as medidas debatidas pelos países da UE refletem a incerteza e não a determinação do bloco.

"Se os Estados-membros da UE optarem agora pela introdução de um limite máximo de preços, ou um embargo faseado com períodos de transição, ou tarifas punitivas sobre o petróleo russo, não importa o que seja: os riscos são enormes", observa Stratmann.

De acordo com ele, tanto na questão do petróleo quanto na questão do gás, "é difícil ameaçar com um boicote quando é evidente que alternativas não são suficientes", especialmente no caso da Alemanha.
"Fontes alternativas não estarão disponíveis rápido o suficiente, nos volumes necessários e não terão as características necessárias", ressalta o jornalista.
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Além disso, o aumento dos preços mundiais do petróleo será inevitável, e a Rússia poderá até aumentar suas receitas se encontrar rapidamente outros compradores, opina o autor do artigo.
"É ingénua a esperança de que outros países se abstenham de comprar petróleo russo barato por solidariedade. O embargo do petróleo seria um experimento com resultados desconhecidos", resumiu Stratmann.
Recentemente o ministro das Relaões Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o Ocidente usa as sanções unilaterais como o instrumento político mais importante, senão o único.
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