Panorama internacional

Moscou diz quando diálogo 'congelado' com os EUA pode ser retomado

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia os contatos entre Moscou e Washington sobre questões de estabilidade estratégica estão formalmente "congelados", mas poderão ser retomados.
Sputnik
O diálogo sobre estabilidade estratégica entre a Rússia e os EUA só pode ser reiniciado depois que todos os objetivos da operação especial militar de Moscou na Ucrânia forem alcançados, disse um diplomata russo de alto escalão, neste sábado (30).

"A partir de hoje, não adianta falar sobre quaisquer perspectivas de negociações sobre estabilidade estratégica com os EUA", destacou o chefe do Departamento de Não-Proliferação e Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Vladimir Ermakov.

"Este diálogo está formalmente 'congelado' pelo lado americano", disse ele, acrescentando que os movimentos de Washington sobre o assunto "estão sendo apontados na direção totalmente oposta" aos de Moscou.
Os lados provavelmente só vão ter "uma conversa substantiva sobre as perspectivas de retomar um processo de negociação russo-americano completo na agenda estratégica após o alcance de todos os objetivos da operação especial militar na Ucrânia", acrescentou Ermakov.
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Os EUA apoiam ativamente o governo de Kiev no conflito com a Rússia, fornecendo fundos e armas para que o país continue adiando um possível acordo de paz.
Washington concedeu US$ 4,3 bilhões (cerca de R$ 21,4 bilhões) para as Forças Armadas de Kiev desde 2021, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, nesta sexta-feira (29), revelando também que os EUA começaram a treinar tropas ucranianas na Alemanha e em outros lugares da Europa.
No início desta semana, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reconheceu abertamente que, ao ajudar a Ucrânia, Washinton pretende que a Rússia fique "enfraquecida ao ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia".
Moscou e Washington discutiram pela última vez a estabilidade estratégica na Europa, que inclui a não proliferação nuclear, durante conversas em Genebra em meados de janeiro, pouco mais de um mês antes do início do conflito ucraniano.
Segundo fontes, a delegação russa "deu de bandeja suas propostas para um continente estável" aos americanos para evitar mal-entendidos, sendo o ponto-chave frear a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para leste. No entanto, as negociações não trouxeram resultados.
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