Panorama internacional

EUA querem 'roubar' especialistas de TI e cientistas russos em meio às sanções, escreve mídia

A agência norte-americana Bloomberg afirmou que a administração Biden pretende aliciar cientistas e especialistas de alta tecnologia russos aos EUA a fim de "minar a base de inovação da Rússia a longo prazo".
Sputnik
Os EUA planejam aliviar as restrições de vistos para cientistas russos, com o objetivo de os atrair ao país, relatou no sábado (30) a agência norte-americana Bloomberg.
Citando fontes familiarizadas com o tema, a Bloomberg afirma que a administração de Joe Biden "tem um plano para roubar a Vladimir Putin [presidente da Rússia] alguns de seus melhores inovadores mediante a isenção de alguns requisitos de vistos para russos com alto nível educativo que queiram emigrar aos EUA".
A provável medida visa profissionais russos com experiência nas áreas de semicondutores, tecnologia espacial, cibersegurança, fabricação avançada, computação avançada, engenharia nuclear, inteligência artificial, tecnologias de propulsão de mísseis e outras áreas científicas especializadas.
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Em particular, a Casa Branca estaria pedindo ao Congresso dos EUA para eliminar o requisito de haver um empregador para os trabalhadores russos que se candidatam a vistos de trabalho nos EUA.
A ação proposta não prevê mudanças na fiscalização, taxas ou outras regras da Lei de Imigração e Nacionalidade e dos EUA, e a medida expiraria em quatro anos, sublinha a agência.
O objetivo, apontou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, é "enfraquecer os recursos de alta tecnologia de Putin a curto prazo e minar a base de inovação da Rússia a longo prazo", além de beneficiar a economia e a segurança nacional dos EUA.
Foi também citada a possibilidade dos EUA e dos países do G7 oferecerem status de proteção a cientistas russos, incluindo os da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em francês), um projeto multinacional que desenvolve a tecnologia de fusão nuclear, e o qual suspendeu a maior parte da cooperação com a Rússia após 24 de fevereiro.
Os EUA, além de outros países ocidentais, impuseram novas sanções contra a Rússia em diversas áreas depois que a última reconheceu a independência das repúblicas populares em Donbass em 22 de fevereiro, e começou uma operação militar especial na Ucrânia dois dias depois. A mídia afirma que isso levou a uma onda de emigração da Rússia, incluindo entre especialistas de TI e cientistas.
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