Panorama internacional

Peskov: lei dos EUA que daria à Ucrânia bens confiscados a estrangeiros distorce as normais legais

O porta-voz do presidente da Rússia condenou a recém-aprovada lei nos EUA, que permite entregar à Ucrânia bens russos confiscados, e discutiu a questão das negociações russo-ucranianas e o G20.
Sputnik
A recém-aprovada lei nos EUA que permite redirecionar à Ucrânia bens confiscados a estrangeiros é uma grande distorção das normas legais, afirmou na sexta-feira (29) Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma lei que permite redirecionar ativos estrangeiros confiscados para apoiar a Ucrânia, neste caso para sua recuperação e ajuda humanitária. O projeto de lei prevê a possibilidade de o país norte-americano confiscar ativos de cidadãos estrangeiros recebidos através de apoio da liderança da Rússia ou ações ilegais.
"Isso, claro, é um precedente muito perigoso, que é uma distorção veemente de todo o tipo de normas legais, uma violação de todos os conceitos legais em geral. Isso é simplesmente expropriação de propriedade privada e uma tentativa de pseudolegalização desta expropriação. Isso demonstra claramente o quão frágeis são todas as fundações geralmente aceitas tanto da área da propriedade privada, economia, política, como tudo mais", comentou Peskov a medida.
"Isso não pode criar nenhuma outra reação além da mais profunda incompreensão e rejeição", disse ele.
Sobre as negociações russo-ucranianas não há notícias, revelou o porta-voz em resposta a uma pergunta sobre a viabilidade de serem realizadas na Turquia.
Durante a última conversa entre Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin, presidentes da Turquia e da Rússia, respectivamente, o primeiro expressou a vontade de ampliar o processo das negociações russo-ucranianas em Istambul.
Panorama internacional
Anfitriã do G20, Indonésia afirma que líderes de todos os países foram convidados para a cúpula
em relação ao G20, a Rússia se preparará para a realização da cúpula do grupo, mas ainda não foram discutidas as modalidades da participação, segundo o porta-voz de Putin, que mencionou a realização de uma conversa telefônica entre o líder russo e seu homólogo indonésio Joko Wildodo.
"Uma conversa muito, muito positiva. Putin desejou sucesso à presidência indonésia no grupo G20 e assegurou que a Rússia também fará todos os possíveis e tudo o necessário para contribuir para que a presidência tenha sucesso. A Rússia também se preparará para esta cúpula. Por enquanto é cedo para falar de quaisquer outros tipos de modalidades da nossa participação. Nós vamos informar vocês no devido tempo", respondeu Dmitry Peskov sobre o convite à participação do Putin da cúpula.
Peskov ainda referiu não ter havido uma decisão se Putin participará do G20 presencialmente ou através de videoconferência.
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