Panorama internacional

Putin: operação especial em Donbass é para evitar conflito na Rússia no atual cenário internacional

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação militar especial em Donbass é para evitar um grande conflito no território russo no atual cenário internacional.
Sputnik
Ninguém precisa de um país como a Rússia, ela representa uma ameaça ao Ocidente, mas eles mesmos são uma ameaça, ressaltou Putin em um discurso ao Conselho de Legisladores russo.
"A Rússia se lembra de como o Ocidente fomentou os terroristas no Cáucaso", lembrou Putin.
O presidente russo sublinhou que o Ocidente apoiou, no início dos anos 1990 e durante os anos 2000, terroristas e bandidos internacionais no norte do Cáucaso, através da especulação sobre os problemas da Rússia com o objetivo de dividir a Rússia.
"Eles não atingiram seu objetivo, mas não aceitaram o fato de que não o conseguiram. Eles não aceitaram o fato de que nós, apesar desta investida, conseguimos resistir na época. Por isso mais tarde eles também começaram os preparativos massivos para uma guerra econômica contra a Rússia. Passo a passo, usando todos os pretextos, às vezes simplesmente sem qualquer pretexto, eles introduziram mais e mais novas restrições sancionatórias", disse Vladimir Putin.
Contudo, o plano de afundar a economia russa foi por água abaixo, afirmou.
Putin lembrou que a Rússia bloqueou o ataque das sanções e que o sistema bancário resistiu aos golpes.
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"Nosso sistema bancário, moeda nacional, transporte, comércio, economia em geral, resistiram e não caíram", observou Putin.
A Rússia não pode permitir que sejam criados territórios antirrussos em torno do país, segundo o chefe do Executivo russo, apontando que quando a Ucrânia se tornou independente a Rússia partiu do princípio de que seria um país amigável.
"O povo da Ucrânia tem o destino de material de consumo. Penso que a compreensão disso está chegando a uma grande parte do povo da Ucrânia", ressaltou.
A reação russa ao projeto sem escrúpulos do Ocidente na Ucrânia foi realizada de maneira correta e oportuna, resumiu Putin, citando a vontade de Kiev de obter armas nucleares, a implementação de laboratórios biológicos ocidentais e a entrega constante de armamentos modernos ao país vizinho, e acrescentando que, se alguém quiser intervir na situação na Ucrânia e criar riscos de caráter estratégico, então serão atingidos de maneira fulminante.
Todas as decisões sobre ataques fulminantes em caso de ameaça estratégica à segurança da Rússia foram tomadas, destacou Putin, acrescentando que o país tem todos os instrumentos e decisões para implementar essa resposta.
"Os inimigos de nosso país aceleraram a criação de uma nova arma geopolítica. Bem, ela não é nova em sua essência, mas certamente lhe deram novas forças, um novo impulso. Fizeram uma aposta na russofobia e nos neonazistas. Ano após ano, eles descaradamente, sem rodeios, transformaram nosso país vizinho, a Ucrânia, em uma Antirrússia", declarou ele.
Para Vladimir Putin, a Rússia é considerada um perigo para o Ocidente só devido ao seu tamanho e autonomia.
"Embora isso não seja nada assim, eles próprios representam um perigo ao mundo inteiro. Nós nos lembramos dos planos bárbaros dos nazistas relativamente ao povo soviético, para o dominar, lembram-se, sim, aqueles que são capazes de trabalhar, forçá-los a trabalhar, sujeitando-os ao trabalho escravo, às condições de escravidão, e aqueles que não são necessários, [mandá-los] para além dos Urais, ao norte, para morrer", frisou o presidente da Rússia.
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