Panorama internacional

Rússia tem planos para extrair lítio domesticamente e substituir o que é importado de outros países

A corporação estatal para energia atômica russa Rosatom e a companhia metalúrgica Nornikel descobriram como abastecer a indústria russa de lítio e substituir as importações, afetadas pelas sanções antirrussas.
Sputnik
As empresas planejam iniciar em conjunto os trabalhos em um depósito na região russa de Murmansk e esperam que o governo dê luz verde já neste ano.
O primeiro vice-diretor-geral da Rosatom, Kirill Komarov, anunciou estes planos em uma reunião do comitê do Conselho da Federação, câmara alta do parlamento russo, realizada nesta segunda-feira (25). Ele disse que o depósito de Kolmozero, localizado na península de Kola, perto do Círculo Polar Ártico, é considerado o mais promissor, relata o veículo de imprensa Finmarket.
"Existem três maneiras na Rússia de extrair lítio", disse o vice-diretor-geral, explicando que começar a exploração de um dos depósitos conhecidos é a primeira destas vias potenciais, enquanto as outras duas são a extração de lítio das salmouras, isto é, aquíferos com alta concentração de sal, em diferentes locais, e a reciclagem de resíduos.
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Esta variedade de fontes deve ser equilibrada e "é preciso comprar ativamente no exterior o mais barato possível", ressaltou o representante da Rosatom.
Por sua vez, o presidente da Nornikel, Vladimir Potanin, espera que esta colaboração seja um "passo adiante" na produção na Rússia das "eficazes e modernas baterias".
O depósito Kolmozero contém 18,9% das reservas russas de lítio disponíveis, de acordo com um comunicado da empresa. O seu desenvolvimento foi um dos pontos-chave do acordo entre a Nornikel e a Rosatom, anunciado nesta segunda-feira (25), que prevê também a navegação no Ártico, tal como o desenvolvimento de uma frota de quebra-gelos e da infraestrutura da Rota Marítima do Norte.
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