Panorama internacional

Embaixador russo nos EUA condena OEA por suspender status de observador do país: 'Erro grave'

O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, criticou a decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) de suspender a Rússia enquanto observador permanente do fórum e classificou a decisão de "erro grave".
Sputnik
Mais cedo, a OEA decidiu, por 25 votos a zero, suspender o status da Rússia de observador permanente do organismo. O anúncio foi feito pela embaixadora de Santa Lúcia na OEA, Elizabeth Darius-Clarke, após a votação, que foi transmitida ao vivo nesta quinta-feira (21).
Antonov se manifestou por meio de uma nota divulgada nesta quinta-feira (21).

"Consideramos a adoção da resolução de hoje um erro grave. A tarefa de qualquer estrutura internacional é unir os Estados na solução de problemas urgentes, que são mais do que suficientes na região", disse.

O diplomata russo acrescentou que não foi autorizado a falar durante a reunião da OEA quando ocorreu a votação para suspender o status da Rússia de observador permanente.

"Durante a reunião especial sobre esse tema, foi negada à Rússia, enquanto observador permanente da organização, a oportunidade de falar na reunião antes ou depois da votação do documento", contou Antonov.

A medida da OEA vem em meio a uma série de retaliações impostas pelo Ocidente à Rússia e suas autoridades.
Na quarta-feira (20), os EUA impuseram restrições de vistos a 635 russos por alegada "supressão da dissidência, ameaça à integridade da Ucrânia, violação de direitos humanos nas prisões de Donbass".
Moscou, em comunicado, classificou o ato de "desespero" dos EUA.

"Devido ao óbvio caráter artificial e infundado das acusações, as sanções estão se tornando cada vez mais absurdas e demonstram o desespero de Washington por sua incapacidade de submeter nosso país à sua vontade", diz a embaixada russa nos EUA.

Após a operação militar especial russa ter começado na Ucrânia, o Ocidente endureceu sua pressão sobre a Rússia.
As medidas restritivas visam principalmente o setor bancário e os suprimentos de produtos de alta tecnologia. Na Europa são feitos apelos para reduzir a dependência dos recursos energéticos russos.
As medidas já resultaram em problemas econômicos nos EUA e na União Europeia, causando alta nos preços dos combustíveis e produtos alimentícios.
O Kremlin designou as sanções de "guerra econômica nunca antes vista", mas ressaltou que estava pronto para tal desenvolvimento dos eventos.
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