Na opinião dele, Washington deve manter a opção de "liberdade de ação" em caso de um hipotético conflito internacional.
"Hoje nós não só lideramos uma aliança de 30 nações, como tentamos integrar nela mais dois membros, um dos quais tem uma fronteira de 830 milhas [cerca de 1.335 km] com a Rússia. Mas por quanto tempo mais vai durar a nossa sorte?", questiona Buchanan.
O político dos EUA recordou as declarações do vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, Dmitry Medvedev, segundo o qual se a Suécia e a Finlândia aderirem à OTAN já não será possível falar de nenhum estatuto não nuclear da região do Báltico.
"A Finlândia foi neutra durante a Guerra Fria. A Suécia tem sido neutra desde as guerras napoleônicas do início do século XIX. Nós sofremos de alguma maneira com a neutralidade deles?", ressalta autor do artigo.
Buchanan conclui dizendo que não vê nenhum benefício para os EUA em "forçar uma guerra contra a Rússia", que possui o maior arsenal de armas nucleares do mundo, por causa de "uma briga no mar Báltico ou no golfo da Finlândia".
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia observou que a adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN ameaça ter consequências negativas para a estabilidade no norte da Europa, e os próprios países "devem também entender as implicações de tal passo para as relações bilaterais e para a arquitetura de segurança europeia em geral, que está atualmente em crise".
Após o início da operação militar russa na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia começaram a discutir a possibilidade de renunciar à sua neutralidade de longa data e aderir à OTAN. Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, tinha observado que o bloco ficaria contente por ver os referidos países na Aliança Atlântica.