Panorama internacional

Biden envia altos funcionários às Ilhas Salomão em aparente esforço para sabotar acordo com China

Altos funcionários dos EUA viajam nesta semana para as ilhas do Pacífico, após o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price advertir contra a "desestabilização" se as Ilhas Salomão assinarem um acordo bilateral com a China.
Sputnik
A Casa Branca anunciou na sexta-feira (15) que uma delegação integrada por "representantes do Conselho de Segurança Nacional, Departamento de Estado, Departamento de Defesa e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional" viajará nesta semana às Ilhas Salomão enquanto Washington procura impedir que a nação insular estabeleça um acordo de segurança com a China.
Segundo avança a Reuters, o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price disse aos jornalistas em uma coletiva de imprensa que as autoridades dos EUA estariam discutindo suas preocupações quanto à China com o governo das Ilhas Salomão.
Ele afirmou que a política dos EUA na região "não é sobre a China ou qualquer outro país", mas notando que "a assinatura de tal acordo poderia aumentar a desestabilização nas Ilhas Salomão".
Uma cópia preliminar de um possível acordo de segurança entre a China e as Ilhas Salomão foi divulgada pela mídia no mês passado em um vazamento que o primeiro-ministro da nação insular Manasseh Sogavare atribuiu a "alguns lunáticos e agentes de regimes estrangeiros no sistema de governo" com "nenhum respeito pelo sigilo".
O documento indica que as Ilhas Salomão poderiam "solicitar à China o envio de policiais armados, militares e outras forças policiais e armadas" em caso de surtos de violência como os que sacudiram a nação em 2019. Nos termos especificados no documento vazado, os navios chineses poderiam usar as instalações das ilhas para fazer escalas e também reabastecimento de suprimentos.
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Anteriormente, autoridades da Austrália e dos EUA pediram às Ilhas Salomão que reconsiderassem o pacto de segurança com a China. Por sua vez, o governo das ilhas deu garantias aos australianos relativamente ao acordo bilateral de segurança e disse que não permitirá que Pequim construa uma base militar na região.
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