Notícias do Brasil

Bolsonaro desconfia de processo eleitoral e desafia Moraes: 'Vai me prender? Cassar meu registro'?

Presidente questiona democracia no país, uma vez que, em sua visão, não é permitido existir dúvidas e questões sobre o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro afirma que TSE é grupo fechado, "TSE futebol clube".
Sputnik
Nesta segunda-feira (18), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), desafiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a prendê-lo ou cassá-lo por desconfiar do sistema de votação, segundo o UOL.
"Há poucas semanas o Alexandre de Moraes falou que quem desconfiar do processo eleitoral vai ser cassado e preso. Ô, Alexandre, eu estou desconfiado. Vai me prender? Vai cassar meu registro? Que democracia é essa? Nós podemos desconfiar de tudo, quando desconfia a gente aperfeiçoa", provocou Bolsonaro.
O mandatário também criticou o TSE chamando-o de um grupo fechado, o "TSE futebol clube".
"O grande problema que a gente tem é o Tribunal Superior Eleitoral. Virou lá um grupo fechado, TSE futebol clube. O que se fala é lei", afirmou.
Em outubro do ano passado, ao barrar uma ação que queria cassar a chapa Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão, Moraes — que vai presidir o TSE durante as eleições — disse que não poderia tolerar a repetição da prática de disseminação de notícias falsas no pleito de 2022 e alertou que a conduta, se ocorrer, poderá levar à prisão e à cassação do registro da candidatura dos envolvidos.
Notícias do Brasil
Bolsonaro: se depender do voto do Fachin, Lula será presidente
Recentemente, o chefe do Executivo voltou a fazer ataques ao Judiciário, além de dizer que os votos serão contados um a um a mão – prática impossível de ser feita com a urna eletrônica, sistema vigente no processo eleitoral brasileiro –, Bolsonaro também tem dado declarações contrariando os acordos dos tribunais com aplicativos como Telegram e WhatsApp (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) para diminuir o compartilhamento de fake news nas eleições deste ano.
Comentar