Panorama internacional

Deputados dos EUA pedem investigação independente sobre negócios do filho de Biden na Ucrânia

Um conselho especial precisa ser indicado para liderar uma investigação independente sobre os negócios do filho do presidente Joe Biden, Hunter Biden, em países estrangeiros, segundo disseram deputados dos Estados Unidos em carta ao procurador-geral, Merrick Garland, nesta segunda-feira (11).
Sputnik
Os parlamentares indicaram que essas tratativas do filho de Biden podem ter sido desenvolvidas por meio do uso da influência do pai, então vice-presidente de Barack Obama entre os anos de 2011 e 2017.
"Está cada vez mais claro que Hunter Biden aproveitou a posição de seu pai como vice-presidente para desenvolver relações comerciais com clientes na Ucrânia, China e Cazaquistão. Acreditamos que, no caso de Hunter Biden, um procurador especial deve ser nomeado para preservar a integridade desta investigação e qualquer processo subsequente", diz o texto.
Os legisladores expressaram a preocupação de que o Departamento de Justiça dos EUA mantenha um conflito de interesses que impeça uma investigação justa e imparcial — isso porque a pasta é controlada pelo próprio presidente Biden.
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EUA: deputados exigem documentos da Casa Branca sobre atividades de Hunter Biden na Ucrânia
O conselho especial deve ser designado a fim de evitar que uma eventual investigação seja enviesada ou fique sob influência da Casa Branca, argumenta o documento.
Assinaram a carta ao procurador-geral os congressistas republicanos Tom Rice, Mo Brooks e Thomas Massie, todos em mandato vigente na Câmara dos Representantes dos EUA.
A família Biden está sob escrutínio e críticas do Partido Republicano e de outras partes pelas supostas condutas irregulares em contratos feitos no exterior por Hunter Biden, que vieram a público depois da divulgação de e-mails que estavam em um laptop abandonado por ele em uma loja de reparos no estado de Delaware, na região nordeste dos EUA.
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Influência monetária de Hunter Biden em pesquisa de patógenos na Ucrânia

No fim de março, o Ministério da Defesa da Rússia divulgou correspondências mostrando o papel fundamental de Hunter Biden no financiamento da pesquisa de patógenos.
O órgão russo também afirmou que Kiev explorou a possibilidade de pulverizar aerossóis a partir de drones Bayraktar.
A pasta da Defesa russa publicou e-mails entre o filho do presidente dos EUA e funcionários do Escritório de Redução de Ameaças do Departamento de Defesa (DTRA, na sigla em inglês), bem como contratados do Pentágono na Ucrânia.
Segundo Igor Kirillov, chefe da Defesa contra Radiação Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, os e-mails sugerem que Hunter Biden teve papel-chave na arrecadação de fundos para empreiteiros americanos das multinacionais Black and Veach e Metabiota, permitindo que as empresas se envolvessem em estudos de patógenos em território ucraniano.
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"Então, em uma das correspondências, o vice-presidente da Metabiota observa que as atividades da empresa terão como objetivo garantir [...] 'a independência cultural e econômica da Ucrânia da Rússia' [...], o que é bastante estranho para uma empresa de biotecnologia", disse Kirillov, acrescentando que a participação dos laboratórios biológicos de Kiev no trabalho encomendado pelo departamento militar dos EUA foi confirmada.
Ficou comprovado que os objetivos do Pentágono em solo ucraniano estão longe de ser científicos, destacou o militar, adicionando que o fechamento de cinco laboratórios biológicos em Kiev é um resultado importante da operação militar russa no país.
"Um resultado importante da operação especial das Forças Armadas russas foi a cessação das atividades de cinco laboratórios biológicos de Kiev, nos quais foram realizados trabalhos com patógenos de antraz, tularemia, brucelose, cólera, leptospirose e peste suína africana", afirmou Kirillov.
Em particular, as provas documentais apontam para o envolvimento de um fundo de investimento administrado por Hunter Biden no financiamento das pesquisas biológicas de alto risco.
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