Panorama internacional

Kremlin: muitos países sofreram pressão para excluir Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, assegurou que o seu país cumprirá todos os objetivos que colocou relativamente à Ucrânia.
Sputnik
No que toca à votação para excluir a Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, crê que tem sido feita pressão nos países que assumem uma certa posição.
"É uma questão de entendimento da situação difícil, dessa pressão sem precedentes, eu diria, de imposição da russofobia. Tudo isso é sentido por todos os países que tentam tomar algum tipo de posição equilibrada. Nós entendemos isso", comentou Peskov em entrevista de quinta-feira (8) ao canal Sky News.
Os objetivos da operação militar especial na Ucrânia estão sendo atingidos, tanto na área militar, como nas negociações, afirmou ele em entrevista de quinta-feira (8) ao canal Sky News, dizendo esperar que a operação especial atinja seus objetivos "nos próximos dias, no futuro próximo".

"Estamos falando de um futuro próximo [...] A operação segue, os objetivos estão sendo atingidos, está sendo feito um trabalho substancial, tanto pelos militares em termos de avanço da operação, quanto pelos negociadores, que estão em um processo de negociação com seus homólogos ucranianos", disse ele, respondendo à pergunta se a Rússia pretende terminar a operação especial na Ucrânia em breve.

A Rússia começou uma operação militar especial na Ucrânia, anunciada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro.
Entre os principais objetivos da operação estão a "desmilitarização e desnazificação" do território ucraniano, para proteger a população da região de Donbass e prevenir um ataque contra a Rússia a partir da Ucrânia.
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Em relação aos planos da OTAN de aumentar a cooperação com a Ucrânia, Geórgia e a Bósnia e Herzegovina, o porta-voz presidencial russo respondeu que a Aliança Atlântica tem um caráter agressivo.
"Sabem que estamos convencidos, e continuamos convencidos do caráter agressivo desta aliança. Não é uma aliança defensiva, e qualquer expansão da atividade desta aliança e sua influência não traz segurança e estabilidade adicionais", apontou.
Na quinta-feira (7) a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou uma resolução impedindo a Rússia de votar e participar do Conselho de Direitos Humanos em meio à operação especial russa na Ucrânia. A Rússia anunciou então que abandonaria seu mandato em sinal de protesto.
Já sobre o quinto pacote de sanções da União Europeia, que prevê a eliminação gradual das importações de carvão da Rússia, o porta-voz presidencial do país frisou que nesse caso "os fluxos de carvão [...] serão redirecionados para mercados alternativos".
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