Panorama internacional

Israel está pronto para exportar gás à Europa pelo Egito a partir de setembro, diz ministra

A ministra da Energia de Israel, Karin Elharrar, disse nesta quinta-feira (7) que Israel está pronto para suprir parte do mercado europeu afetado pelas sanções aplicadas à Rússia em decorrência da operação militar especial na Ucrânia.
Sputnik
De acordo com reportagem do The Jerusalem Post, a ministra da Energia de Israel, Karin Elharrar, afirmou nesta quinta-feira (7) que "o mercado europeu está enfrentando uma escassez substancial" de gás e que "Israel vê uma oportunidade e vai tirar proveito dela".
A Rússia é responsável por cerca de 40% do consumo anual de gás natural na Europa, o equivalente a 150 bilhões de metros cúbicos. O governo de Israel esclareceu que não é capaz de suprir esta lacuna, mas os países do Mediterrâneo seriam capazes de fornecer cerca de 20 bilhões de metros cúbicos ao ano.

"Não somos um substituto para o gás russo, mas temos uma boa quantidade que podemos exportar [...] A questão é qual é o método mais rápido e econômico, e qual é o mais benéfico para todos os envolvidos", disse um alto diplomata ouvido pelo The Jerusalem Post.

O plano que está sendo discutido envolve uma cooperação entre os governos de Israel e Egito, para que o gás israelense chegue à Europa passando pelo território egípcio. As discussões começaram na semana passada durante uma reunião entre os ministros das Relações Exteriores das duas nações. No entanto, Elharrar afirmou que Israel também está de olho em outras possibilidades.

"Estou me reunindo com outras empresas para ouvir suas ofertas e nossas opções, que podemos usar para construir acordos com outros países", disse a ministra.

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Em março deste ano, o presidente russo Vladimir Putin anunciou a transferência de pagamentos de gás natural em rublos para países da União Europeia e outros Estados que introduziram medidas restritivas e sanções contra Moscou.
A medida tem como mote a interrupção do comércio em dólares, euros e demais moedas usadas por países hostis à Rússia. Putin enfatizou que "é absolutamente claro" que entregar mercadorias russas à União Europeia e aos EUA e "receber pagamentos em dólares, euros e várias outras moedas não faz sentido para nós".
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