Panorama internacional

Guerra comercial: governo Biden diz querer 'reformas' e não 'divórcio' no comércio com China

A representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse que a atual política dos Estados Unidos está focada no "realinhamento da economia global".
Sputnik
As declarações de Katherine Tai aconteceram uma semana depois de uma audiência no Congresso norte-americano, em que a representante disse que as conversas com a China se tornaram "indevidamente difíceis" e que os EUA precisam de novas estratégias para lidar com o comportamento anticompetitivo do governo chinês.
Nesta terça-feira (5), de acordo com reportagem do South China Morning Post (SCMP), Tai disse em uma entrevista ao canal de televisão Bloomberg, em Cingapura, que os EUA buscam realinhar suas relações comerciais com a China.

"Eu me concentraria realmente nos tipos de mudanças que estamos tentando trazer, que não são realmente sobre a interrupção do comércio ou o divórcio comercial. Elas realmente tratam de apresentar reformas e uma abordagem mais estratégica para o comércio", disse Tai.

Segundo o SCMP, a representante comercial norte-americana não deu detalhes de quais seriam as mudanças na dinâmica com a China, dizendo apenas que "serão criados incentivos para garantir que o relacionamento se mostre balanceado e justo" além de frisar que "o diabo está nos detalhes".
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Katherine Tai está fazendo uma viagem de três dias a Cingapura, com o intuito de fortalecer o relacionamento comercial entre os dois países e também expandir a presença no Quadro Econômico Indo-Pacífico, indo de acordo com a estratégia do presidente Joe Biden de combater a China economicamente.
Sobre as críticas de que a Casa Branca vem recebendo sobre a falha em negociar a diminuição de tarifas em conversas sobre o quadro econômico, Tai disse na entrevista que não existe falta de ambição pela liderança política norte-americana.

"Para as pessoas que criticam nossa política comercial, é porque não estão nos ouvindo quando descrevemos quais são nossos objetivos, que é de trazer uma nova abordagem ao comércio que garanta que a política comercial possa ser e seja uma força para o bem", disse a representante comercial.

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