Panorama internacional

Mídia: economia da Rússia está muito melhor do que o esperado em meio às sanções do Ocidente

Muitos indicadores de atividade econômica russa estão mostrando estabilidade apesar da variedade de sanções impostas por países ocidentais à Rússia, sublinhou o jornal The Economist.
Sputnik
A economia russa está se sentindo muito melhor que o esperado apesar da "guerra econômica" sem precedentes por parte de países ocidentais, concluiu na quarta-feira (30) o jornal The Economist.
Assim, "o caos nos mercados russos parece ter acalmado", e apesar de o rublo cair em um terço contra o dólar dos EUA, ele já se aproxima dos níveis que tinha antes de 24 de fevereiro. Já as ações russas caíram igualmente em um terço, e estão recuperando.
Já a economia real está "mais saudável do que parece à primeira vista". Apesar de os preços subirem mais de 5% desde o início de março, a vodka, produzida principalmente no país, apenas aumentou ligeiramente de preço, enquanto a gasolina custa mais ou menos o mesmo. Já os gastos em serviços apenas caíram ligeiramente, e seguem "muito mais saudáveis" que durante a maior parte do período pandêmico.
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O PIB do país subiu a uma taxa anualizada de 5% na semana até 26 de março, com o consumo de eletricidade e os carregamentos de bens por via ferroviária também se mantendo estáveis. Isso prova que pelo menos até agora a atividade econômica da Rússia foi pouco afetada, conclui o jornal.
No entanto, The Economist também crê que o país deve entrar em recessão neste ano, apesar de considerar igualmente que, devido a muitas empresas terem começado nos tempos soviéticos, e por ainda haver grandes níveis de exportação de petróleo e de gás, "se há uma economia no mundo que consegue aguentar ser cortada do mundo, é a da Rússia".

Como a Rússia aguentou o golpe?

Para estabilizar a economia em meio à "guerra econômica" ocidental, o Banco Central da Rússia subiu a taxa de juro de 9,5% para 20%, o que garantiria a estabilidade financeira e de preços no país, e para proteger as economias dos cidadãos do país. O banco também introduziu uma comissão de 30% para a compra por indivíduos de moedas estrangeiras através de corretores, apesar de a ter reduzido posteriormente para 12%.
Em relação ao governo, ele decretou aos exportadores que convertessem 80% de suas receitas em divisas para rublos. Quanto à bolsa de valores de Moscou, as vendas a descoberto foram proibidas, e os não-residentes foram temporariamente impedidos de vender ações.
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