Panorama internacional

Ministro das Relações Exteriores chinês rejeita pedidos de expulsão da Rússia do G20

Membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE) pediram à China pela expulsão da Rússia do G20 como punição pela operação militar especial na Ucrânia.
Sputnik
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, rejeitou os pedidos para que a Rússia seja expulsa do Grupo dos 20, dizendo que o bloco não deve ser dividido.
"Ninguém tem o poder de dividir o G20", disse Wang em uma reunião com o homólogo indonésio, Retno Marsudi, nesta quinta-feira (31), de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China.
Atualmente, a Indonésia detém a presidência rotativa do G20 que, segundo Wang, "não deve ser politizado" por se tratar de um fórum fundamental para a coordenação de políticas macroeconômicas e cooperação entre as maiores economias do mundo.
Depois que o chanceler alemão Olaf Scholz sugeriu que a Rússia fosse expulsa do grupo, o que exigiria consenso por unanimidade de todos os Estados-membros, Wang voltou a criticar as sanções ocidentais contra Moscou.
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A cúpula do G20 deste ano será realizada em Bali, na Indonésia, em outubro. O presidente russo, Vladimir Putin, supostamente ainda quer participar, mas isso pode fazer com que outros líderes boicotem o evento.
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que os EUA não acreditam que possa ser "business as usual" (negócios como de costume) para a Rússia em organizações internacionais como o G20 após a crise estabelecida na Ucrânia.
Durante as conversas de quinta-feira (31), Wang disse que a China "apoia firmemente" a cúpula de Bali e o fortalecimento da cooperação no G20.
Na quarta-feira (30), Wang esteve com seu colega russo Sergei Lavrov e afirmou que Pequim apoia a continuação das negociações de paz entre a Rússia e Ucrânia. De acordo com o South China Morning Post, Wang e Lavrov tiveram uma "troca completa de pontos de vista sobre a situação na Ucrânia" e atacaram as sanções ocidentais.
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