Panorama internacional

Mídia canadense: Ucrânia suspende recrutamento de mercenários por sua 'experiência militar limitada'

Uma vez bem-vindos, mercenários com intuito de segurirem para Kiev a fim de ajudar durante o conflito se tornam um problema por sua inexperiência que acaba dificultando mais do que colaborando com a legião ucraniana, diz mídia canadense.
Sputnik
Quando a operação especial militar russa na Ucrânia começou em 24 de fevereiro, Kiev encorajou milhares de canadenses e outros estrangeiros – que se ofereceram para se juntar aos ucranianos – a irem ao país e os recebeu com entusiasmo.
Com isso, a legião ucraniana indicou no início deste mês que centenas de canadenses já haviam se juntado ao conflito, até mesmo formando sua própria unidade: a Brigada Canadense Ucraniana. Outro grupo canadense, a Brigada Normanda, também está lutando agora no país, segundo o National Post.
Entretanto, após mais de um mês de operação, a Ucrânia suspendeu temporariamente o recrutamento para sua legião, com o governo e outras fontes citando países que proibiram seus cidadãos de se alistarem e uma enxurrada de mercenários com experiência militar limitada, relata a mídia.
Panorama internacional
Ucrânia procura se livrar de mercenários espanhóis por serem novatos, diz mídia
Embora o governo federal do Canadá tenha alertado aos canadenses de que não é seguro viajar para Kiev, também não colocou barreiras legais para aqueles que querem lutar no país. Mas alguns outros lugares, incluindo Áustria, Suíça, Coreia do Sul e Eslováquia, sugeriram que é ilegal que seus cidadãos se juntem à legião.
"Existem várias razões [para interromper o recrutamento], sendo uma delas a falta de armas de fogo", afirmou um porta-voz da legião citado pela reportagem.
No entanto, o ex-deputado liberal canadense Borys Wrzesnewskyj, que está ajudando os ucranianos a selecionarem mercenários para seguirem à Ucrânia, disse que eles têm rejeitado pessoas para cargos de infantaria de linha de frente que não têm experiência real de combate, uma vez que canadenses sem esse histórico podem ser mais um obstáculo do que uma ajuda.

"Muito rapidamente torna-se óbvio que alguns desses mercenários bem-intencionados não estão prontos. […] Algumas pessoas presumiram que chegariam, receberiam treinamento rápido, receberiam uma arma e seguiriam para frente [de combate]. […] Há todo tipo de consequências se pessoas não treinadas entrarem", afirmou Wrzesnewskyj.

Contudo, o Parlamento ucraniano planeja abordar algumas das questões sobre a legião em uma sessão nesta sexta-feira (1º), diz a mídia, incluindo a possibilidade de conceder a cidadania ucraniana a mercenários despojados de sua própria nacionalidade por participarem da luta, contou um porta-voz da legião sob condição de anonimato ao National Post.
Comentar