Ciência e sociedade

Invenção que vai aposentar smartphones está perto de se tornar realidade

A Mojo Vision acaba de apresentar seu mais recente protótipo de lentes de contato de realidade aumentada, tecnologia que é chamada de "a próxima grande revolução".
Sputnik
As gigantes do Vale do Silício já planejam substituir as telas de smartphones por dispositivos que executam funções semelhantes há alguns anos.
Nesta semana, com o lançamento do protótipo das lentes inteligentes da empresa californiana Mojo Vision, esse dia pode estar mais próximo.
Graças à realidade aumentada, as lentes oferecem informações de maneira mais "natural". Ou seja, mãos, olhos e ouvidos serão usados para interagir com dispositivos em vez de um dispositivo intermediário, como um celular ou um tablet.
A realidade aumentada é uma tecnologia que desdobra uma camada de informação diante dos olhos e a sobrepõe ao mundo físico.
Inteligência artificial (imagem referencial).
Steve Sinclair, vice-presidente sênior de produto e marketing da Mojo, explicou em uma entrevista para a revista do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) como funcionam as lentes de sua empresa.
Na versão atual, elas têm pequenas baterias, embutidas em sua borda externa, que são feitas de um material biocompatível semelhante ao usado em marca-passos.
Elas também apresentam uma tela colorida microLED de alta resolução, com 14.000 pixels por polegada, e um acelerômetro, um giroscópio e um magnetômetro, que permitem rastrear a direção do olhar.
Além disso, terá um sistema de conectividade sem fio criado internamente pela Mojo e vários chips, incluindo um pequeno processador Arm Core M0 que gerencia todo o sistema.
As lentes da Mojo Vision são feitas para se conectar sem fio a um dispositivo local, mantendo o rastreamento de movimento e os elementos de exibição na própria lente.
Todos esses elementos, diz Sinclair, são colocados na parte inferior da peça, mais perto do nariz, de forma a não obstruir a visão e permitir a passagem do oxigênio.
Por enquanto, as lentes não funcionam de forma independente e exigem um pequeno computador localizado em um colar para que o fluxo de informações entre elas não precise ir muito longe.
Esse minicomputador é responsável por executar os aplicativos, interpretar o movimento dos olhos e atualizar a imagem para que não haja dessincronizações que possam acabar deixando os usuários tontos.
As lentes não estão prontas para ser comercializadas. É necessário primeiro que os reguladores estaduais e federais dos EUA chancelem a aprovação ao uso humano.
A Mojo não quis dizer quanto tempo levará para ver suas lentes inteligentes no mercado; vai depender fundamentalmente do tempo que os reguladores levam para conceder permissão.
A próxima versão da lente Mojo Vision tem um design cosmético semelhante à íris.
Comentar