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Mourão diz que troca na presidência da Petrobras 'não vai mudar nada'

Para vice-presidente, estatal precisa continuar com a política que tem feito para não voltar "ao período dos governos do PT" e afirma que Silva e Luna fez um "excelente trabalho" na petrolífera.
Sputnik
Com a recente mudança na presidência da Petrobras, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que mesmo sob nova chefia "não vai mudar nada" na estatal.

"Esse novo presidente da Petrobras que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo o que ele escreve vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não vai mudar nada", disse Mourão citado pela Folha de São Paulo.

Na visão do vice-presidente, a estatal "é uma empresa com ação em bolsa, tem conselho de administração, tem toda uma governança [...] e não pode voltar aos fatos que ocorreram no período dos governos do PT, onde um misto de incompetência, má gestão e corrupção deixou a empresa praticamente na lona. A empresa está recuperada, então esse assunto [nova presidência] tem que ser discutido bem".
Mourão também elogiou Joaquim Silva e Luna – que foi demitido na segunda-feira (28) da presidência da Petrobras para dar lugar ao especialista em energia Adriano Pires – e minimizou o descontentamento do general com a forma como sua demissão foi anunciada.

"O Silva e Luna é um dos oficiais mais completos e preparados da nossa geração, digo o pessoal formado na Academia Militar na primeira metade da década de 1970. Ele já foi ministro da Defesa, foi presidente de Itaipu, agora estava na Petrobras, fez um excelente trabalho na estatal, então ele está tranquilo, ele é um cara muito tranquilo", disse o general.

Entretanto, Silva e Luna declarou ontem (29) que a empresa "não pode fazer política partidária" e que nela "não há lugar para aventureiro", segundo a revista Época.
Ao que tudo indica, Adriano Pires pode impulsionar a ideia que ronda o governo Bolsonaro de privatizar a estatal. Em artigo escrito em outubro do ano passado, Pires diz que "a solução definitiva" para resolver a instabilidade do preço dos combustíveis "é a privatização da Petrobras", conforme noticiado.
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