Panorama internacional

Kremlin diz que nova declaração de Biden sobre Putin é alarmante e que as vai continuar registrando

A recente declaração do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o presidente russo, Vladimir Putin, é "alarmante" e Moscou continuará monitorando tais declarações, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira (28).
Sputnik
Encerrando sua viagem pela Europa, Biden disse durante seu discurso de sábado (26) sobre a Ucrânia que o presidente russo, Vladimir Putin, "não pode permanecer no poder". Mais tarde, um funcionário da Casa Branca afirmou que as palavras de Biden sobre Putin não estavam endossando uma mudança de regime na Rússia.
"Esta é uma declaração que, claro, é alarmante. Continuaremos monitorando de perto as declarações do presidente dos EUA. Nós as registramos cuidadosamente e continuaremos a fazê-lo", disse Peskov a repórteres.
Os comentários de Peskov se seguiram ao discurso de Biden na Polônia, no qual o presidente dos EUA disse, falando sobre Putin, "pelo amor de Deus, esse homem não pode permanecer no poder".
A fala de Biden repercutiu em muitos observadores, entre eles líderes mundiais e políticos norte-americanos proeminentes. Autoridades russas de alto escalão, incluindo o presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, condenaram a declaração de Biden, dizendo que tal comportamento só poderia ser exibido por um "homem velho ou doente".
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A afirmação de Biden não passou despercebida pelo presidente francês Emmanuel Macron, que criticou a escolha de palavras do líder americano, lembrando a Biden que, se o Ocidente quiser resolver o conflito ucraniano em andamento, "não pode escalar em palavras ou ações".
Vários legisladores norte-americanos também não gostaram da retórica de Biden na Polônia. De acordo com o senador James Risch do Partido Republicano, a observação de Biden foi uma "gafe horrenda" que poderia "causar um grande problema".
A Casa Branca foi rápida em fazer recuar a observação, no entanto, assegurando que Biden não quis dizer que os Estados Unidos têm qualquer tipo de estratégia para apoiar uma mudança de regime na Rússia. As garantias vieram do secretário de Estado, Antony Blinken, e da enviada dos EUA à OTAN, Julianne Smith.
Esta não foi a primeira falha de Joe Biden em seguir os protocolos diplomáticos ao comentar sobre seu colega russo. No mesmo sábado, na Polônia, o presidente dos EUA chamou Putin de "açougueiro", depois de rotulá-lo anteriormente de "criminoso de guerra" e "bandido".
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'Esfriamento' nas relações

Apesar das provocações de Biden sobre a agenda energética na Europa, o Kremlin assegurou que mesmo que Berlim abra mão do petróleo russo, a demanda do Oriente está pronta para compensar a defasagem.
Na última semana, o presidente russo assinou uma lei que ajusta todos os contratos de gás na Europa para que os pagamentos sejam realizados em rublos, na moeda do país, em resposta às duras sanções ocidentais que provocaram uma brusca desvalorização da moeda.
Sobre a última rodada de negociações para pôr fim no conflito estabelecido na Ucrânia, o porta-voz do Kremlin afirmou que, depois das conversas organizadas na Turquia, a reunião entre Putin e Zelensky ainda não deve acontecer.
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