Panorama internacional

Edifício da ONU é danificado após ataques aéreos sauditas em Sanaa

O prédio que abriga funcionários das Nações Unidas foi danificado durante os ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita em Sanaa, no Iêmen.
Sputnik
Segundo informações de Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, a coalização saudita bombardeou um edifício residencial de funcionários da entidade.

"O secretário-geral condena veementemente a recente escalada do conflito no Iêmen, incluindo os ataques aéreos de sexta-feira [25] a instalações civis e de energia na Arábia Saudita pelos houthis, e os subsequentes ataques aéreos da coalizão em Sanaa, supostamente matando oito civis, incluindo cinco crianças", disse Dujarric em um comunicado.
Segundo ele, a ofensiva saudita ainda resultou em danos ao "complexo residencial dos funcionários da ONU em Sanaa".
À esquerda, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU (António Guterres, à direita), em uma coletiva de imprensa conjunta em Nova York, em 19 de abril de 2021
Ainda de acordo com o comunicado, Guterres pediu a todas as partes do conflito no Iêmen que diminuam as tensões e negociem um acordo para encerrar os confrontos.
Na sexta-feira (25), o movimento houthi do Iêmen atacou uma estação de distribuição de petróleo em Jidá, além de uma usina elétrica e várias outras cidades sauditas.
Mais tarde, no mesmo dia (25), a coalizão liderada pela Arábia Saudita disse que destruiu dois drones com armadilhas lançados pelos houthis em direção ao reino.
No sábado (26), os houthis disseram que estavam prontos para estabelecer um cessar-fogo por um período de três dias, e poderiam considerar tornar o cessar-fogo permanente se a Arábia Saudita encerrar o bloqueio e os ataques aéreos, além de retirar todas as forças do Iêmen.
Seguidores do movimento Houthi em manifestação de repúdio à interferência estrangeira nos assuntos internos do Iêmen em Sanaa
Este é o sétimo ano da guerra contra o Iêmen, liderada por uma coalizão da Arábia Saudita que inclui os EUA e os Emirados Árabes Unidos.
A partir de 2015, a aliança passou a realizar operações militares contra os rebeldes iemenitas, que controlam a capital do país e extensas áreas ao norte e oeste.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que o Iêmen vive a mais grave crise humanitária do planeta, com mais de 80% da população sob necessidade de proteção. Segundo publicou a organização, mais de 16 milhões de iemenitas passam fome.
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