"A exigência da Rússia de pagar o gás em rublos é uma reação à situação militar e não deve afetar os contratos de longo prazo", disse Saad al-Kaabi.
As declarações do ministro do Catar, que endossam a recente campanha de Vladimir Putin sobre o pagamento ao gás russo, foram feitas em uma conferência internacional na cidade de Doha.
Ainda segundo ele, os altos preços do petróleo são causados não apenas pelo conflito na Ucrânia, mas também por uma longa falta de investimento no setor petrolífero.
Al-Kaabi observou que na Europa, ao contrário da Ásia, os produtores de petróleo têm que lidar com empresas privadas, que as próprias autoridades desses países tratam como consumidores e recorrem apenas quando necessário, como está acontecendo agora.
Nesta foto de arquivo, o gigantesco navio-tanque de gás natural liquefeito Al Nuaman no porto báltico de Swinoujscie, Polônia, transportando cerca de 200.000 metros cúbicos de gás liquefeito do Catar, em 11 de dezembro de 2015
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O presidente russo, Vladimir Putin, disse em 23 de março que a Rússia passará a cobrar em rublo os pagamentos de fornecimento de gás para países hostis.
A medida foi feita como uma resposta às sanções dos EUA e da União Europeia sobre os pagamentos em dólar e euro.
Na ocasião, Putin instruiu o Banco Central a determinar o procedimento para transações com a Europa em rublos dentro de uma semana.
Ao mesmo tempo, ele reafirmou o compromisso russo de fornecer gás em volumes e a preços fixados em contratos anteriores para a Europa, "pois o país valoriza a sua reputação".
Putin ainda afirmou que, nas últimas semanas, vários países ocidentais tomaram decisões ilegítimas de congelamento de ativos da Rússia, "o que acabou com a confiança nas moedas desses países".
Após o início da operação militar especial russa na Ucrânia em 24 de fevereiro, países ocidentais impuseram uma grande gama de sanções à Rússia, incluindo o congelamento dos ativos do Banco Central do país em diferentes partes do mundo, algo a que o Kremlin chamou de "guerra econômica".