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PT divulga texto criando ambiente para possibilitar alianças de Lula com partidos do centro

Com a premissa de "enfrentar o bolsonarismo", legenda aprova documento que concede aval para alianças "com todos e todas", afirmando que antigos rivais são bem-vindos para derrotar Bolsonaro.
Sputnik
O Diretório Nacional do PT divulgou o documento "Resolução política do DN-PT: Lula, a esperança do povo brasileiro!" nesta quinta-feira (25) no qual amplia a possibilidade de alianças do partido nestas eleições.
Sem diferenciar legendas, a sigla diz que será "uma aliada" de "todas e todos que decidirem pelo enfrentamento a Bolsonaro como prioridade política", abrindo espaço para acordos com partidos de centro.
"Todas e todos que decidirem pelo enfrentamento a Bolsonaro como prioridade política dos próximos meses terão no PT um aliado para aquela que será a eleição mais importante que já enfrentamos. Conclamamos a unidade dos setores democráticos ao redor não apenas de uma candidatura à presidência da República, mas também de um movimento político e social que derrote o neoliberalismo, Bolsonaro e o bolsonarismo, aquele que é o principal vírus em circulação na política brasileira desde 2018, para construir um país soberano, justo, democrático e com sustentabilidade", diz o texto.
Em jullho do ano passado, o petista já tinha sinalizado que o partido faria diversas alianças a fim de "enfrentar" o bolsonarismo.
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Apoiado por 64,8% do diretório nacional, o documento também afirma que as convergências entre os partidos de esquerda, progressistas e democráticos devem resultar na constituição de uma federação partidária de que, ao menos, PT, PC do B e PV façam parte.
Além disso, o texto alerta para "a indicação de uma ampla abertura às alianças com forças conservadoras e de direita, como o PSD de Gilberto Kassab, que deve inclusive se expressar em composições em estados com grande eleitorado, em detrimento de um maior protagonismo das esquerdas".
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O documento não cita diretamente o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como vice, mas em nenhum traz críticas ou faz ressalvas à indicação do ex-governador, pelo contrário, defende a ampliação dos apoios na chapa presidencial.
"A candidatura de Lula deverá trazer, já na composição da chapa de presidente e vice-presidente, a ampliação e a unidade que se espera das forças de oposição ao governo nesta quadra da história, respeitando os compromissos programáticos antineoliberais."
Em pesquisa do Instituto Datafolha sobre a corrida presidencial de 2022, divulgada ontem (24), aponta que Lula segue na liderança do pleito, mas não venceria mais no primeiro turno, confome noticiado.
Nesta rodada, o petista tem 43% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 26%. Depois aparecem Sergio Moro (Podemos) com 8%; Ciro Gomes (PDT) 6% e João Doria (PSDB) com 2%.
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