Panorama internacional

OTAN fortalecerá flanco oriental com 4 grupos de batalha na Romênia, Bulgária, Hungria e Eslováquia

Ao mesmo tempo que reforça sua presença nos países aliados do flanco oriental com 40.000 soldados, aliança expandirá suas "capacidades e defesas cibernéticas", assim como a "prontidão para ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares".
Sputnik
Nesta quinta-feira (24), a OTAN e seus aliados realizaram uma grande conferência em Bruxelas para debater a crise na Ucrânia.
Além de figuras importantes do contexto europeu como Ursula von der Leyen, Boris Johnson, Emmanuel Macron e Olaf Scholz, o evento também contou com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden e de seu secretário de Defesa, Lloyd Austin.
Durante a cúpula, ficou acordado que a Aliança Atlântica vai reforçar seu apoio a Kiev, incluindo ferramentas de cibersegurança e defesa contra ameaças químicas e nucleares.
O presidente dos EUA, Joe Biden, se prepara para se sentar enquanto fala com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, durante cúpula da aliança em Bruxelas, Bélgica, em 24 de março de 2022
Os aliados também colocaram como meta fortalecer o flanco oriental com quatro grupos de batalha em diferentes países: Romênia, Bulgária, Hungria e Eslováquia. Segundo Biden, o reforço nessas nações significa que haverá proteção "em cada polegada de território dos países aliados da OTAN".

"Em resposta às ações da Rússia, ativamos os planos de defesa da OTAN, destacamos elementos da Força de Resposta e colocamos 40.000 soldados em nosso flanco oriental, juntamente com meios aéreos e navais significativos, sob comando direto da aliança apoiado por destacamentos nacionais dos aliados. Também estamos estabelecendo quatro grupos de batalha multinacionais adicionais na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia", diz o comunicado conjunto.

Sobre a ajuda à Ucrânia no combate a armas químicas e nucleares, a aliança militar acredita que Moscou pode estar tentando criar um pretexto para fazer uso de tais recursos ao acusar os Estados Unidos e seus aliados de prepararem um suposto ataque, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

"Estamos preocupados em parte porque vemos a retórica e vemos que a Rússia está tentando criar algum tipo de pretexto acusando a Ucrânia, os Estados Unidos e os aliados da OTAN de se prepararem para usar armas químicas e biológicas. Há também o risco de que [um ataque com armas químicas] tenha um efeito direto sobre as pessoas que vivem nos países aliados da OTAN [...]", afirma o texto.

A organização militar também informou que está ampliando suas "capacidades e defesas cibernéticas, fornecendo suporte mútuo em caso de ataques cibernéticos" e que estenderá tal ajuda à Ucrânia.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, durante uma cúpula da OTAN em Bruzelas, 24 de março de 2022
"Nós estamos prontos para impor custos àqueles que nos prejudicam no ciberespaço e estamos aumentando a troca de informações e a consciência situacional, aprimorando a preparação civil e fortalecendo nossa capacidade de responder à desinformação."
Ao mesmo tempo, foi decidido que Stoltenberg ficará mais um ano e meio na liderança da aliança, prorrogando seu mandado até 30 de setembro de 2023.
Honrado pela decisão dos Chefes de Estado e de Governo da OTAN de estender meu mandato como secretário-geral até 30 de setembro de 2023. Enquanto enfrentamos a maior crise de segurança de uma geração, estamos unidos para manter nossa aliança forte e nosso povo seguro.
Outra cúpula será realizada em abril para discutir mais apoio a Kiev.
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