Panorama internacional

China deixa EUA para trás ao assinar parceria e querer estreitar segurança com Ilhas Salomão

A movimentação entre os dois países aconteceu pouco mais de um mês após os Estados Unidos anunciarem a intenção de estabelecer uma embaixada nas Ilhas Salomão.
Sputnik
As Ilhas Salomão assinaram um acordo de cooperação policial com a China e também enviaram uma proposta de acordo de segurança envolvendo as forças militares dos dois países. A informação foi divulgada pelo governo salomonense nesta quinta-feira (24) e reproduzida em reportagem da Reuters.
O ministro da Polícia das Ilhas Salomão, Anthony Veke, informou no comunicado que ele havia assinado um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) com o vice-ministro executivo do Ministério de Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, durante reunião virtual no dia 18 de março.

"A assinatura deste MOU simplesmente mostra à comunidade global que estamos aqui construindo uma cooperação significativa, baseada no trabalho em equipe e na seriedade para desenvolver as Ilhas Salomão", disse Veke.

O tratado propõe que forças chinesas sejam usadas para a proteção de funcionários e projetos com envolvimento do governo chinês nas Ilhas Salomão. O acordo também abre caminho para que o governo salomonense peça ajuda militar a Pequim durante missões relacionadas à segurança e a assuntos humanitários, além de reforçar a presença chinesa na região do Indo-Pacífico.
Os EUA declararam em fevereiro deste ano a intenção de abrir uma embaixada nas Ilhas Salomão, citando preocupação com o interesse da China de criar um relacionamento militar com as ilhas do Pacífico.
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Honiara cortou suas relações diplomáticas com Taiwan em 2019, em um movimento de aproximação ao governo chinês. A decisão inclusive foi motivo de protestos da população no país. Historicamente, Honiara possui uma relação próxima, especialmente no campo da Defesa, com a Austrália, com quem assinou um acordo bilateral de segurança em 2018.

"Temos um amplo tratado de segurança com a Austrália e cooperação policial. Se houver alguma coisa com a República Popular da China, será a mesma coisa", informou Karen Galokale, secretária permanente do Ministério da Polícia, Segurança Nacional e Serviços Correcionais nas Ilhas Salomão, em entrevista à Reuters.

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