Panorama internacional

Arábia Saudita 'não assumirá responsabilidade' por alta nos preços de petróleo, diz reino

Na segunda-feira (21), a Arábia Saudita declarou que "não assumirá nenhuma responsabilidade" pela alta nos preços de petróleo após uma série de ataques a uma refinaria e outras instalações energéticas pelos houthis no dia anterior.
Sputnik
Em comunicado admitindo que os ataques teriam tido "consequências sérias" para os mercados energéticos já perturbados pelo conflito na Ucrânia, o reino exortou a comunidade internacional a confrontar os houthis em prol da salvação dos suprimentos de petróleo mundiais.
"O reino assinala a importância de a comunidade internacional tomar consciência da gravidade do comportamento contínuo do Irã que equipa os militantes terroristas houthis com tecnologias [...] para atingir os locais de produção do reino", diz o comunicado do MRE saudita.
Membros do movimento rebelde houthi atingiram instalações da refinaria Yanbu Aramco Sinopec e outras companhias energéticas com ataques de drones e mísseis no domingo (20), não causando vítimas, mas tendo provocado "redução provisória" na produção, segundo o Ministério da Energia saudita.
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Um ataque como esse representa "uma ameaça direta à segurança das entregas de petróleo nestas circunstâncias extremamente sensíveis sofridas pelos mercados globais de energia", acrescentou o texto.
Mercados de energia globais já responderam com choque e volatilidade ao conflito ucraniano, com preços de gás nos EUA atingindo o recorde histórico de US$ 4,33 por galão neste mês, de acordo com os dados da Associação de Automóveis Americana. O petróleo cru Brent está sendo vendido por US$ 112 por barril, preço inferior aos US$ 140 evidenciados anteriormente neste mês, mas ainda US$ 15 acima do índice antecessor ao início das hostilidades.
As decisões dos EUA e do Reino Unido de bloquear as importações de energia russa também colocaram pressão enorme sobre o mercado. Além disso, Washington instou a OPEP+, liderada pela Arábia Saudita, a extrair mais petróleo, medida que até agora o bloco se rejeitou a cumprir.
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