Panorama internacional

EUA estão enviando sistemas soviéticos de defesa aérea obtidos secretamente para Ucrânia, diz WSJ

Washington espera que o fornecimento de defesas aéreas adicionais permita a Kiev criar uma zona de exclusão aérea, uma vez que rejeitou os apelos ucranianos para que tal zona fosse estabelecida pela OTAN.
Sputnik
Os Estados Unidos estão enviando alguns dos equipamentos de defesa aérea de fabricação soviética que adquiriram secretamente décadas atrás para reforçar as Forças Armadas ucranianas, relatou o Wall Street Journal nesta segunda-feira (21).
Segundo um funcionário citado pela mídia, os sistemas, que incluem o 9K33 OSA, têm décadas e foram obtidos pelos norte-americanos para que pudessem examinar a tecnologia usada pelos militares russos.
Para os ucranianos, o equipamento é familiar, já que herdaram esse tipo de armamento após a dissolução da União Soviética.
O Pentágono se recusou a comentar a decisão dos EUA de usar seu pouco conhecido arsenal de armas soviéticas, que ocorre no momento em que o governo Biden está montando um grande esforço para expandir as capacidades da defesa aérea ucraniana.
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A Ucrânia já possui alguns sistemas russos de defesa aérea, incluindo o S-300. No entanto, a mídia observa que Kiev precisa de mais sistemas desse tipo para que possa operar a médio e longo alcance com objetivo de neutralizar os ataques de aeronaves e mísseis da Rússia.
Os mísseis Stinger enviados por Washington e pela OTAN ao território ucraniano são eficazes apenas contra helicópteros e aeronaves voando baixo.
Os EUA esperam que o fornecimento de defesas aéreas adicionais permita à Ucrânia criar uma zona de exclusão aérea de fato, uma vez que os norte-americanos e seus aliados da Aliança Atlântica rejeitaram os apelos do presidente, Vladimir Zelensky, para que a aliança estabeleça tal zona em seu país.
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Na semana passada, o secretário de Defesa estadunidense, Lloyd Austin, visitou a Eslováquia para saber se o país enviaria um S-300 de seu arsenal à Ucrânia, conforme noticiado. Bratislava disse que faria isso se os EUA fornecessem um substituto, mas esse acordo ainda não foi fechado.
Biden está viajando para Bruxelas nesta semana para uma cúpula da OTAN, a fim de discutir "esforços de dissuasão e defesa em andamento" para a Ucrânia, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. O secretário de Defesa também o acompanhará.
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