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'Crime': mesmo após revogação de bloqueio do Telegram, Bolsonaro volta a criticar decisão do STF

Embora o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha revogado a decisão de interromper o funcionamento do aplicativo Telegram no território brasileiro no domingo (20), o presidente Jair Bolsonaro retomou os ataques ao despacho.
Sputnik
Na coletiva de imprensa que cedeu no fim da manhã desta segunda-feira (21) em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, o mandatário classificou a determinação de Moraes como "crime".

"Um crime, um ato lamentável que, em tempo, ele resolveu recuar", disse o chefe de Estado, segundo informou o UOL.

Ele já havia feito críticas ao STF e à decisão no sábado (19).
No mesmo dia, contudo, Moraes publicou um despacho listando exigências que deveriam ser cumpridas caso o Telegram desejasse permanecer no Brasil.
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O aplicativo acatou os pedidos — o serviço de mensagens apagou uma publicação de Bolsonaro sobre o inquérito sigiloso envolvendo um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A remoção da postagem fazia parte da lista de pendências do aplicativo de mensagens instantâneas com a Justiça brasileira. Um dia antes, o CEO da plataforma, Pavel Durov, pediu desculpas à Suprema Corte brasileira pela dificuldade de contato.
Hoje, Bolsonaro disse acreditar que a suspensão do Telegram seria fruto de uma suposta "perseguição implacável" contra ele.

"Sabemos o que alguns querem, não são todos, é eu fora de combate e Lula eleito", reclamou.

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O app é muito difundido pelos apoiadores e auxiliares do presidente desde a ofensiva que o STF e o TSE fizeram em relação ao combate a notícias falsas em outro aplicativo popular de mensagens, o WhatsApp.
Na avaliação de Bolsonaro, se executada, a decisão prejudicaria milhões de pessoas.

"São milhões de pessoas que usam Telegram, você não pode prejudicar. Usam para fazer negócios", disparou, sem especificar que tipo de comércio seria feito pela plataforma.

Ainda de acordo com o líder do Executivo, as Forças Armadas vão participar do processo eleitoral deste ano.

"Voto impresso não se discute mais. Pelo que eu estou sabendo, o [general e ministro da Casa Civil] Braga Netto teria apresentado sugestões ao TSE para que se dissipasse a possibilidade de fraude. A gente espera que não tenhamos surpresa por parte do TSE", disse.

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