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Lula diz ter preocupação com possível atentado durante as eleições e associa Bolsonaro a milicianos

Lula acredita que pode sofrer uma possível tentativa de assasinato, mas afirma que "fará sua campanha na rua" mesmo assim. O petista ainda declarou que "o negócio de Bolsonaro é a relação apodrecida dele com uma parte dos milicianos desse país".
Sputnik
Para o ex-presidente Lula, por conta das eleições deste ano, sua vida pode estar em risco.
O petista declarou tal preocupação durante entrevista à rádio Espinharas ontem (15), quando foi lembrado que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse ao UOL que não duvidava da possibilidade de grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) tentarem assassiná-lo durante a corrida eleitoral de 2022.

"Eu tenho preocupação [com uma possível tentativa de assassinato], mas como sou uma pessoa de muita fé e de muita crença, acho que o que vai acontecer é que o povo brasileiro vai reestabelecer a democracia. Vai ser a morte política de Bolsonaro pelas mãos dos eleitores", disse.

No entanto, mesmo com a suposta tentativa de atentado contra sua vida, o ex-presidente afirmou que vai às ruas fazer sua campanha.

"Vou fazer a campanha que eu sei fazer: a de rua, ou seja, conversar com as pessoas, vender as propostas para o país. Não vou fazer o baixo nível do Bolsonaro, não vou fazer fábrica de fake news. Que ele faça o jogo rasteiro que ele quiser."

Na mesma entrevista, Lula também relacionou o atual presidente a milicianos, e declarou que o mandatário é incapaz "de fazer um gesto para a Educação".
"Todo mundo sabe o tipo de político que é o Bolsonaro. Um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para a Educação, um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para combater a pandemia, até hoje ele não acredita na vacina […]. O negócio dele é a relação apodrecida com uma parte dos milicianos desse país, que, quem sabe, foram os que mataram a Marielle [Franco]", afirmou.
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No final de fevereiro, o petista se mudou de São Bernardo do Campo para São Paulo por "questões de segurança" após sofrer pressão de amigos, de sua assessoria e de lideranças do PT que, preocupados, tentavam convencê-lo a morar em um local mais protegido, segundo o Correio Braziliense.
Até o momento, o ex-presidente ainda é líder nas sondagens de intenções de voto, entretanto, a diferença entre ele e Bolsonaro diminuiu pouco.
De acordo com a mais recente pesquisa, divulgada hoje (16) pela Genial Investimentos e citada pelo UOL, Lula mantém a liderança com 44% das intenções de voto no primeiro turno. O presidente, Jair Bolsonaro, aparece em segundo lugar, porém cresceu de 23% para 26% entre as duas últimas apurações.
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