Panorama internacional

Marinhas japonesa e norte-americana realizam exercícios em ilha remota no Japão (FOTOS)

Centenas de fuzileiros navais do Japão e dos Estados Unidos foram observados realizando exercícios de combate nesta terça-feira (15).
Sputnik
Pela primeira vez, tropas japonesas e estadunidenses fizeram treinamentos de combate com paraquedistas. As ações foram realizadas na região do monte Fuji, ao sul da ilha de Okinawa, em meio ao aumento da atividade russa e chinesa nos mares da região.
De acordo com reportagem do South China Morning Post (SCMP), o secretário-chefe do gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, informou que a Marinha japonesa avistou na segunda-feira (14) uma frota de seis navios de guerra russos passando pelo estreito de La Pérouse e que, antes disso, outra embarcação foi vista realizando exercícios no estreito de Tsugaru.
Aeronaves modelo MV-22 Osprey sobrevoando o campo de exercício durante atividades realizadas pelas marinhas do Japão e dos EUA em 15 de março de 2022.
O Japão segue sua expansão e atualização das forças de defesa, que se mantiveram estagnadas por quase uma década. Nas atividades de hoje foram envolvidos 400 soldados japoneses de unidades anfíbias e 600 fuzileiros navais dos EUA, que têm base estratégica em Okinawa.
Matsuno disse ainda que a "Rússia está realizando uma enorme quantidade de exercícios navais" e que o governo japonês está "observando a intensificação das atividades militares com grande preocupação".

"Estamos comprometidos em garantir a paz e a estabilidade na região por meio de respostas conjuntas da parceria Japão-EUA. Qualquer adversário em potencial verá nisso a nossa capacidade real, não apenas palavras. O Japão, com os fuzileiros navais dos EUA, tem a vontade e a capacidade de defender a região, e espero que isso forneça dissuasão suficiente", afirmou o coronel Masashi Hiraki, comandante do Primeiro Regimento de Implantação Anfíbia Rápida do Japão.

O exercício realizado nesta terça-feira pelas marinhas do Japão e dos EUA faz parte de um programa de três semanas cujo intuito é melhorar a interoperabilidade dos aliados para "fortalecer sua capacidade de dissuasão e resposta", de acordo com autoridades de defesa ouvidas pelo SCMP.
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