Panorama internacional

Kremlin: todos os planos russos de desmilitarização da Ucrânia serão realizados no prazo programado

Todos os planos russos de desmilitarização da Ucrânia serão realizados no prazo programado, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Sputnik
Durante um briefing nesta segunda-feira (14), o porta-voz disse ainda que o bombardeio em Donetsk pelos militares ucranianos, em resultado do qual morreram residentes da cidade, é "um ataque contra a população civil".
"As Forças Armadas russas usam armamento moderno de alta precisão, atingindo exclusivamente instalações da infraestrutura militar e informática. Todos os planos das autoridades russas serão cumpridos no prazo aprovado anteriormente na sua totalidade", disse ele aos jornalistas.
Mesmo assim, o prazo exato da operação russa iniciada por ordem do presidente Putin em 24 de fevereiro não é revelado pelo Kremlin.
Peskov também confirmou que, no início da operação, "o presidente russo na verdade ordenou ao Ministério da Defesa para evitar um assalto imediato das grandes povoações, inclusive Kiev, uma vez que as formações nacionalistas armadas equipam as posições de fogo e instalam equipamento militar pesado mesmo nas áreas residenciais, e os combates em áreas altamente povoadas inevitavelmente causarão grandes perdas entre os civis. E a operação foi planejada levando em consideração essa circunstância".
Ao mesmo tempo, ele revelou que o Exército russo não descarta que possa assumir o controle total sobre as grandes povoações na Ucrânia assegurando a máxima segurança da população.
O porta-voz relembrou ainda os bombardeios das cidades da Iugoslávia pelos EUA:
"Todo o mundo conhece o estilo cruel das autoridades americanas que, para atingir seus objetivos, não valorizam as vidas da população civil. Todos lembram o bombardeamento em massa da ex-Iugoslávia, os ataques de mísseis no centro de Belgrado, as múltiplas vítimas não justificadas nos países do Oriente Médio, os crimes cometidos durante 20 anos no Afeganistão, quando em um só ataque eram eliminadas centenas de pessoas em casamentos e casas residenciais. Essa crueldade não preveniu a fuga vergonhosa da América desse país".
Recentemente, o jornal Financial Times, citando um funcionário americano, informou que a Rússia teria alegadamente solicitado à China equipamento militar e outra ajuda para apoiar a realização da operação especial na Ucrânia. Entretanto, a Casa Branca não comentou essa alegação.

Contudo, Dmitry Peskov ressaltou: "Não é de Washington. Foi escrito pelos jornais. Atualmente os jornais escrevem muito, não precisa considerá-los como fonte primária. A Rússia tem potencial autossuficiente para continuar a operação".

Dmitry Peskov também comentou as declarações de Dmitry Kuleba, chanceler ucraniano, sobre a demissão do presidente Vladimir Putin a fim de resolver a situação agravada na Ucrânia: "Certamente, isso mina significativamente a autoridade do cargo e faz duvidar de sua competência profissional".
Quanto às sanções antirrussas impostas pelos países do Ocidente, o porta-voz russo assegura que há todas as razões para pensar que as consequências da "guerra econômica" serão minimizadas.
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