Panorama internacional

Invasão em mansão de bilionário russo em Londres termina com 4 presos

Os quatro manifestantes que ocuparam a casa de um bilionário russo em Belgravia, em Londres, encerraram seu ato e foram detidos.
Sputnik
Os invasores, em manifestação, queriam "abrir [simbolicamente] a mansão para refugiados ucranianos", disse a polícia de Londres, acrescentando que a propriedade foi tomada na madrugada desta segunda-feira (14).
Dezenas de agentes passaram horas tentando convencer o grupo a sair da residência. Eles recusaram as repetidas tentativas dos negociadores da polícia, dizendo que queriam ser tratados da mesma forma que o primeiro-ministro Boris Johnson.
As alegações fazem referência, segundo o The Guardian, ao inquérito "Partygate", deflagrado após as festas do premiê durante a pandemia. Os ocupantes disseram que queriam receber um "questionário para verificar se haviam feito algo errado, em vez de serem presos".
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Após muita confusão, eles foram removidos do local e encaminhados às autoridades. A região de Belgravia é apelidada de "bairro dos oligarcas", porque muitos russos ricos compraram propriedades na área, a poucos passos do Palácio de Buckingham.
A casa invadida pertece a Oleg Deripaska, bilionário da indústria do alumínio. Ele é um dos sete russos submetidos a sanções pelo governo do Reino Unido na semana passada.
Os confrontos entre policiais e os radicais parecem ter sido motivados por recentes declarações de ministros do governo de Boris Jonhson.
Nas últimas semanas, o Reino Unido admitiu que estuda a possibilidade de confiscar bens privados de russos sancionados por Londres para abrigar refugiados da Ucrânia.

Nesta segunda-feira (14), durante a invasão, os manifestantes disseram: "Esta mansão servirá como um centro de apoio a refugiados para ucranianos e pessoas de todas as nações e etnias".

O secretário de Estado britânico para Nivelamento, Habitação e Comunidades, Michael Gove, informou que o governo está analisando como utilizar as propriedades de empresários russos penalizados por causa da operação militar especial de Moscou.

"Quero explorar uma opção que nos permita [ao governo] usar as casas e propriedades de indivíduos sancionados" para realocar ucranianos refugiados, afirmou Gove, segundo informações do Daily Beast.

Ele admitiu que "há uma barreira legal bastante alta a ser transposta, e não estamos falando de confisco permanente [das propriedades dos empresários]".
Porém, reforçou em seguida que aqueles que apoiam o presidente russo, Vladimir Putin, "não terão direito de usar ou lucrar com suas próprias propriedades".
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