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EUA não têm plano de ação para substituir petróleo russo e podem enfrentar recessão, diz investidor

O presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva proibindo a importação de suprimentos de energia russos na última terça-feira (8) devido à operação especial russa de desmilitarização da Ucrânia.
Sputnik
A Sputnik conversou com Kyle Shostak, diretor da empresa de serviços financeiros norte-americana Navigator Principal Investors, que não acredita na existência de um plano alternativo da administração Biden para compensar o banimento do petróleo russo nos Estados Unidos.

"Do ponto de vista doméstico, fica claro que o governo não tem um plano substituto em que se apoiar. As alternativas serão ir para a Arábia Saudita e a Venezuela e efetivamente subjugar esses regimes políticos, que vão aproveitar todas as oportunidades para negociar seus preços a partir de uma posição de poder", opinou.

O executivo disse que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) trabalharam duro para estabelecer a atual faixa de preço da commodity, indicando que um aumento na produção como uma forma de concessão aos EUA não é algo que esteja garantido.
Shostak afirmou ainda que "o preço por barril de petróleo pode chegar a US$ 160 (R$ 805), e os Estados Unidos podem se encontrar rapidamente em uma recessão".
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Levando em consideração a atual dinâmica do mercado moderno de energia, que segundo o investidor se baseia na interdependência entre países e empresas, sempre existirá um comprador para um produto cujo destino foi cancelado e está pronto para exportação.

"Os fornecedores russos vão redirecionar os navios-tanque do volume com destino aos EUA, embora não sem alguns desafios logísticos iniciais, para os mercados asiáticos, que já estavam famintos por petróleo mesmo antes do início do conflito e cujos compradores finais ficarão felizes em fechar negócio. Os preços atuais do [setor de] energia estão bem acima dos que o orçamento russo estava planejando", explicou.

De acordo com Kyle Shostak, o volume de petróleo que era vendido pela Rússia para os EUA é pequeno e estava dimuindo, correspondendo a cerca de 7% do total da produção russa.

"Mesmo com um desconto substancial, [o barril de petróleo] ainda será vendido em níveis suficientes para satisfazer o orçamento do Estado russo, equilibrado em US$ 69 (R$ 350) por barril em 2021, e fazer frente às despesas. O Irã foi capaz de fazer o mesmo por anos e sobreviveu", analisou o executivo.

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