Panorama internacional

China atesta 'tolerância zero para atos separatistas' em Taiwan e critica intromissão do Japão e EUA

A declaração foi dada pelo porta-voz do Exército chinês, que também reforçou a postura de Pequim sobre a situação envolvendo Taiwan ser considerada um assunto interno.
Sputnik
De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Xinhua, o porta-voz do Exército de Libertação Popular (ELP) e da Polícia Armada Popular, Wu Qian, afirmou nesta quarta-feira (9), durante sessão da Assembleia Popular Nacional, que a principal causa das tensões entre China e Taiwan são causadas por "atos separatistas".
O porta-voz disse que as atividades das autoridades do Partido Progressista Democrático de Taiwan, em conjunto com forças estrangeiras, em especial Japão e Estados Unidos, são a principal causa da escalada da situação no estreito de Taiwan. Em seu discurso, Wu também reforçou que no cenário entre China e Taiwan se trata de uma questão interna do país.

"Quanto mais os Estados Unidos e o Japão perturbarem a questão de Taiwan, mais duras serão as ações que tomaremos para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", alertou Wu.

Wu também afirmou que os recentes exercícios e treinamentos realizados pelo ELP não têm como foco "os compatriotas de Taiwan, mas sim as atividades separatistas pela 'independência de Taiwan' e as forças externas que causam interferência".
Segundo informações do Departamento de Defesa de Taiwan, o ELP da China já enviou 173 aeronaves à zona de defesa aérea da ilha somente em 2022.
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Na semana passada, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, confirmou o interesse do governo chinês em avançar com o processo de reunificação pacífica de Taiwan.

"Impulsionaremos o crescimento pacífico das relações através do estreito de Taiwan e a reunificação da China. Nos posicionamos firmemente contra qualquer atividade separatista que busque a 'independência de Taiwan' e nos opomos firmemente à interferência estrangeira", afirmou Li.

Taiwan é um território autogovernado e, nos anos 1970, a ONU passou a reconhecer a República Popular da China como a única representante legítima da China. Pequim declara que é apenas uma questão de tempo que Taipé se reunifique com a China continental e que se trata de uma questão interna do país.
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