Ciência e sociedade

Navio naufragado é encontrado na Antártica depois de 107 anos desaparecido (IMAGENS)

A embarcação Endurance, do navegador irlandês Ernest Shackleton, foi descoberta por uma expedição organizada pelo Fundo do Patrimônio Marítimo das Falkland britânico.
Sputnik
A viagem do navio Endurance para a Antártica entre os anos de 1914 e 1915 se tornou lendária após o navio ficar preso no gelo por causa do mau tempo e toda a tripulação conseguir escapar em pequenos barcos. Os tripulantes sobreviveram acampando em placas de gelo, até conseguirem chegar à terra firme no mês de abril do mesmo ano.
A expedição de resgate que obteve sucesso saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, e foi organizada pelo Fundo do Patrimônio Marítimo das Falkland (FMHT, na sigla em inglês). Foi utilizado um navio quebra-gelo, que possibilitou o acesso a áreas completamente congeladas, de acordo com informações da CNN.
Navio quebra-gelo sul-africano abrindo caminho durante a expedição, no dia 5 de fevereiro de 2022
A busca começou no dia 5 de fevereiro deste ano e o anúncio de que o Endurance havia sido encontrado foi feito nesta quarta-feira (9).
Temos um filme de super alta definição do naufrágio, sonar multifeixes e um modelo de laser extremamente preciso. Nada foi tocado ou retirado.
"Este é de longe o melhor naufrágio de madeira que eu já vi. Está de pé, muito orgulhoso no fundo do mar, intacto e em um estado brilhante de preservação", disse Mensun Bound, o diretor da expedição, em um comunicado.
O Endurance foi encontrado a 3.008 metros de profundidade, a uma distância de cerca de seis quilômetros do local onde ele ficou preso no gelo.
Após localizar o navio, a expedição utilizou drones submarinos para fotografar e filmar o navio, 107 anos depois do seu acidente.
"Este foi o projeto submarino mais complexo realizado na história", disse Nico Vincent, gerente de projetos submarinos da missão.
Endurance, navio de Shackleton, foi encontrado sob o gelo da Antártica, 100 anos depois
Em respeito à lei internacional, o naufrágio é protegido e considerado como um local histórico. Exploradores podem registrar o navio, mas de forma alguma possuem permissão para retirar qualquer artefato.
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