Panorama internacional

Diretor da CIA: 'Cálculo da China' sobre Taiwan mudou, mas Xi Jinping não deve ser 'subestimado'

Analistas e comentaristas dos EUA, incluindo até mesmo o ex-presidente norte-americano Donald Trump, alegaram que a China poderia invadir Taiwan, enquanto a operação especial russa na Ucrânia ainda está em curso.
Sputnik
No entanto, até agora não houve nenhum reforço militar ou indicação de que estão sendo empregados preparos para um ataque.
Em discurso na terça-feira (8) no Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, o diretor da CIA, William Burns, alertou que Pequim estava tirando lições da operação especial da Rússia na Ucrânia para aplicá-las em seus planos com relação a Taiwan, avança Reuters.
O chefe da CIA disse achar que havia pouca margem para uma conversa mais "produtiva" com a China sobre Taiwan, uma ilha autônoma que Pequim afirma fazer parte da China.

"Analiticamente falando, eu não subestimaria o presidente Xi [Jinping] e a determinação da liderança chinesa em relação a Taiwan", afirmou Burns a legisladores federais em uma audiência sobre ameaças mundiais.

"Eu realmente acho que eles [chineses] foram surpreendidos e perturbados em certa medida pelo que viram na Ucrânia nos últimos 12 dias, tudo desde a força de reação do Ocidente até a forma como os ucranianos têm ferozmente resistido", observou Burns.
Ele acrescentou acreditar ter havido "um impacto sobre o cálculo chinês em relação a Taiwan e que obviamente vamos continuar a prestar muita atenção".
Avril Haines, diretora da Inteligência Nacional dos EUA, também disse ao comitê que "parece que eles [chineses] estão potencialmente pagando um preço por não criticar a Rússia, e isso pode ter um impacto sobre a forma como esta trajetória avança".
Panorama internacional
China diz que casos da Ucrânia e de Taiwan são completamente diferentes e não devem ser comparados
No entanto, o diretor da Agência de Inteligência de Defesa, Scott Berrier, advertiu que Taiwan e Ucrânia são "duas coisas completamente diferentes".
Na segunda-feira (7), Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, acusou Washington de alimentar tensões em torno dos principais interesses de Pequim.
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