Panorama internacional

Candidatar-se à OTAN desestabilizaria a situação de segurança, diz primeira-ministra sueca

Historicamente neutra, a Suécia viu parte de sua opinião pública acenar para uma possível adesão à OTAN em face ao escalonamento das tensões geopolíticas envolvendo Rússia, Ucrânia e a Aliança Atlântica.
Sputnik
Um pedido sueco para adesão à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) desestabilizaria a atual situação de segurança na Europa, disse a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson nesta terça-feira (8).
"Se a Suécia optar por enviar um pedido de adesão à OTAN, na atual situação, isso desestabilizaria ainda mais esta área da Europa e aumentaria as tensões", disse Andersson a repórteres.
De acordo com uma pesquisa publicada pela Bloomberg, na sexta-feira (4), a maioria dos suecos se manifestou a favor da adesão do país à OTAN em uma mudança de opinião impulsionada pela crise geopolítica na Ucrânia.
Em comparação com uma pesquisa realizada em fevereiro, o apoio à adesão cresceu em nove pontos percentuais atingindo 51% favoráveis, 27% contrários à adesão e 22% de abstenções.
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O ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist, afirmou na ocasião que mudar a doutrina de defesa de um país é uma "grande decisão".
"Então, você não faz isso da noite para o dia e não pode fazer isso por causa de pesquisas de opinião", afirmou ele a repórteres.
O ministro observou que a Suécia está fazendo investimentos consideráveis em suas próprias Forças Armadas e aprofundando a colaboração com outras nações.
Suécia e Finlândia são parceiros da OTAN desde meados da década de 1990 e embora tenham virado a página de sua neutralidade no final da Guerra Fria, até o momento, ambos os Estados descartaram a possibilidade de se tornarem membros da aliança.
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