Congresso dos EUA estuda proibir petróleo russo e aprovará financiamento à Ucrânia, diz Pelosi

O anúncio foi feito pela presidente da Casa, Nancy Pelosi. Segundo ela, o Congresso também deverá aprovar dez bilhões de dólares (R$ 50,6 bilhões) em "financiamento de emergência" para Kiev nesta semana.

"Atualmente a Câmara está explorando uma legislação forte que isolará ainda mais a Rússia da economia global. Nosso projeto de lei proibiria a importação de petróleo e produtos energéticos russos para os Estados Unidos, revogaria as relações comerciais normais com Rússia e Belarus e daria o primeiro passo para negar à Rússia o acesso à Organização Mundial do Comércio [OMC]", afirmou a presidente da Câmara dos Representantes em comunicado neste domingo (6).

A proposta, de acordo com Pelosi, também visa "capacitar o Poder Executivo a aumentar as tarifas sobre as importações russas".

Ela ainda elogiou a prontidão da União Europeia em reduzir a dependência ocidental da energia russa.

"Saudamos o presidente [Joe] Biden por liderar nossos aliados na liberação de 60 milhões de barris de petróleo de reservas estratégicas, incluindo 30 milhões de reservas americanas na SPR [Reserva Estratégica de Petróleo], para estabilizar os mercados globais", disse.

Sobre o conflito na Ucrânia, reiterou que as tropas americanas não serão enviadas ao país, mas prometeu apoio contínuo a Kiev.

"O governo Biden solicitou dez bilhões de dólares (R$ 50,6 bilhões) em apoio humanitário, militar e econômico para a Ucrânia. O Congresso pretende aprovar esse financiamento de emergência nesta semana", disse Pelosi.

Na última quinta-feira (3), a congressista declarou que era fortemente a favor de um projeto de lei bipartidário para proibir quase 250 milhões de dólares (R$ 1,26 bilhão) em exportações anuais de petróleo russo para os Estados Unidos.

No entanto, o vice-diretor do Conselho Econômico Nacional, Bharat Ramamurti, disse que o governo Biden se opõe à medida, que causaria a elevação dos preços globais de petróleo e gás, podendo, consequentemente, aumentar as receitas da Rússia com os produtos energéticos.

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6 de março 2022, 22:18