Panorama internacional

Autoridades dos EUA viajam à Venezuela para iniciar conversas com Maduro e isolar Rússia, diz NYT

Autoridades de alto escalão dos EUA estão viajando para a Venezuela, neste sábado (5), para se reunir com o governo do presidente Nicolás Maduro, em um movimento na tentativa de intensificar o isolamento da Rússia no cenário internacional, noticiou o jornal norte-americano The New York Times.
Sputnik
De acordo com a publicação, Washington teme que os aliados latino-americanos do presidente russo Vladimir Putin se tornem uma ameaça à segurança do país se o impasse com a Rússia se aprofundar. A informação do jornal foi obtida a partir de relatos de atuais e ex-funcionários dos EUA que falaram sob a condição de anonimato.
Quando os EUA e seus aliados iniciaram o cerco econômico contra a Rússia por meio de sanções, vozes proeminentes dos dois principais partidos políticos norte-americanos apontaram a Venezuela como um potencial substituto para a importação de petróleo, escreveu o jornal.

"Devemos aproveitar esta oportunidade para alcançar uma vitória diplomática e uma ruptura entre a Rússia e a Venezuela", disse o republicano e ex-deputado Scott Taylor, relatou o jornal.

Segundo o The New York Times, Taylor afirmou que um empresário venezuelano sinalizou que a equipe de Maduro estaria "ansiosa para se reengajar com os Estados Unidos".
O jornal destacou ainda que Trish Regan, ex-apresentadora da Fox Business e personalidade conservadora da mídia, pediu uma aliança com a Venezuela para tirar o petróleo russo do mercado dos EUA.
Todos sabemos que não concordo muito com a administração de Biden, mas encontrar uma solução para o impasse diplomático com a #Venezuela é uma jogada inteligente. O povo venezuelano preferiria muito mais uma aliança com os EUA do que com a Rússia. Temos que encontrar uma maneira de fortalecer nosso hemisfério ocidental.

EUA x Venezuela

Em 2019, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Nicolás Maduro e fecharam sua embaixada em Caracas, após acusação de fraude nas últimas eleições venezuelanas.
À época, o governo do ex-presidente Donald Trump impôs sanções às exportações do petróleo do país e a altos funcionários, reconhecendo o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente.
Maduro respondeu às sanções buscando ajuda econômica e diplomática da Rússia, assim como do Irã e da China.
As empresas de energia e os bancos russos têm sido essenciais para permitir que a Venezuela continue exportando petróleo, maior fonte de renda do país no exterior, apesar das sanções, segundo empresários e autoridades dos EUA e da Venezuela, informou o The New York Times.
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