Panorama internacional

Ex-premiê da Ucrânia duvida que Zelensky possa controlar os radicais em seu país

O ex-primeiro-ministro ucraniano Nikolai Azarov (2010-2014) mostrou-se cético quanto às perspectivas de um diálogo direto entre Vladimir Putin e Vladimir Zelensky, alegando que este não controla radicais no Exército da Ucrânia.
Sputnik
Após esclarecer que não se opõe às negociações entre Moscou e Kiev, Azarov disse à Sputnik que não tem certeza "se os (ultra)nacionalistas e os (neo)nazistas que se infiltraram em todos os destacamentos militares do regime de Kiev obedecerão às ordens de Zelensky".
Mais cedo, Zelensky se ofereceu para se sentar com Putin e discutir questões de interesse de Moscou, particularmente a situação em Donbass e os direitos da comunidade russa na Ucrânia.
Ex-primeiro-ministro da Ucrânia Nikolai Azarov. Foto de arquivo
Em uma série de publicações em suas redes sociais, o ex-premiê afirmou que a Rússia "decidiu restaurar a ordem na Ucrânia para evitar uma Terceira Guerra Mundial" e um ataque a seu território.

"Para evitar uma Terceira Guerra Mundial e um ataque à Rússia com uso de armas nucleares, o governo russo tomou a decisão de controlar essa situação e restaurar a ordem na Ucrânia", escreveu.

De acordo com Nikolai Azarov, as tropas ucranianas sob a liderança de batalhões nacionalistas estavam se preparando para iniciar uma operação militar em Donbass em 25 de fevereiro.
Ele ainda disse que no verão de 2022 (inverno no Hemisfério Sul) a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) planejava acordar a introdução de forças na Ucrânia e até o fim do ano provocar um conflito nuclear com a Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 24 de fevereiro o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia, alegando que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, precisavam de ajuda diante do "genocídio" por parte de Kiev.
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Um dos objetivos fundamentais da ação, segundo Putin, é a "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia.
O chefe de Estado russo pediu aos uniformizados e civis na Ucrânia que não resistissem à operação e alertou que a Rússia responderia imediatamente a qualquer força externa que a ameaçasse ou atrapalhasse.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.
Na última quinta-feira (3), a pasta revelou que 498 soldados russos foram mortos e 1.597 feridos desde o início da operação especial; as baixas militares do lado ucraniano, segundo a mesma fonte, são de mais de 2.870 mortos e cerca de 3.700 feridos.
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