Panorama internacional

Nenhum dos mercenários ocidentais é combatente, segundo direito internacional, diz Defesa russa

Segundo informou o Ministério da Defesa da Rússia nesta quinta-feira (3), os mercenários enviados pelo Ocidente para apoiar o regime nacionalista de Kiev não podem ser considerados combatentes, segundo o direito internacional.
Sputnik
De acordo com o ministério, eles não têm direito de receber o estatuto de prisioneiro de guerra e "o melhor que pode acontecer em caso de serem presos é enfrentar responsabilidade criminal".
"Apelamos aos cidadãos de Estados estrangeiros que planejem ir combater pelo regime nacionalista de Kiev para pensarem várias vezes antes de partir", disse o ministério.
Na semana passada, cerca de 200 mercenários chegaram à Ucrânia da Croácia, através da Polônia. Eles se juntaram a um dos batalhões nacionalistas no sudeste do país, informou o representante oficial da Defesa russa, Igor Konashenkov, na quinta-feira (3).
"Segundo as declarações do [presidente da Ucrânia, Vladimir] Zelensky, aguarda-se a chegada de cerca de 16 mil mercenários [...] para compensar as falhas devastadoras dos militares ucranianos. Para eles é oficialmente introduzida a isenção de vistos", disse Konashenkov.
Vários países europeus, segundo a Defesa russa, permitiram oficialmente o envio de mercenários para a Ucrânia.
"Reino Unido, Dinamarca, Letônia, Polônia e Croácia permitiram por lei aos seus cidadãos participar de ações de combate no território da Ucrânia. O comando da Legião Estrangeira francesa planeja enviar militares de origem ucraniana para apoiar o regime de Kiev", disse.
Os mercenários estrangeiros, segundo representante da Defesa russa, realizam sabotagens e ataques contra colunas de equipamento bélico e colunas de materiais russas, assim como contra aviação.
"São eles que nas imagens dos vídeos propagandistas divulgados pelos serviços secretos ucranianos nas redes sociais evadem ser flagrados por celulares de alegados 'moradores locais'", disse.
A inteligência militar dos EUA está realizando uma grande campanha para recrutamento de militares para empresas militares particulares para envio à Ucrânia, em primeiro lugar são recrutados funcionários das empresas americanas Academy, Cubic e Dyn Corporation", afirmou.
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Em atualização: resultados da operação especial das Forças Armadas da Rússia na Ucrânia
Konashenkov destacou que todos os ataques de mercenários estrangeiros são realizados com uso de armas fornecidas à Ucrânia pelo Ocidente.

"Trata-se de sistemas antitanque Javelin [dos EUA], NLOW [do Reino Unido] e sistemas de mísseis antiaéreos portáteis Stinger, cujo uso exige uma preparação séria", explicou.

Konashenkov também relatou que as Forças Armadas da Rússia, em conjunto com subunidades da República Popular de Donetsk (RPD), tomaram sob controle oito vilarejos: Blagoveschenka, Sinyaya Gora, Petrovskoe, Shevchenkovskoe, Sladkaya Balka, Ilchenkovo, Ocherevataya e Novoprokopovka.
A operação especial militar da Rússia na Ucrânia foi anunciada pelo presidente Vladimir Putin em 24 de fevereiro. As Forças Armadas da Rússia tem por objetivo eliminar a infraestrutura militar da Ucrânia com uso de armas de alta precisão. Não são realizados ataques contra cidades e não há ameaça para a população civil, segundo a Defesa russa. Em 3 de março, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que a operação especial será levada ao seu fim mesmo em meio às negociações com Kiev e qualquer acordo de paz deve incluir condições de desmilitarização da Ucrânia.
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