Panorama internacional

Donetsk: será difícil libertar cidade minada de Mariupol, esperemos que negociações evitem vítimas

Representante da Milícia Popular da República Popular de Donetsk disse que será difícil recuperar a cidade de Mariupol, depois que ela foi minada pelas Forças Armadas da Ucrânia.
Sputnik
Ainda é cedo falar da libertação de Mariupol, pois as forças ucranianas minaram a cidade, mas é possível resolver a situação com negociações, indicou na segunda-feira (28) Eduard Basurin, porta-voz da Milícia Popular da República Popular de Donetsk.

"Ainda é cedo falar da libertação de Mariupol, porque eles criaram uma fortaleza. Os agrupamentos que se afastam da vanguarda vão para Mariupol. As pessoas lá continuam não sendo libertadas. Eles [forças ucranianas] estão minando a maior parte da cidade, então [há] uma grande dificuldade, porque a entrada em áreas residenciais levará a grandes baixas. Nós não queremos nenhuma vítima humana, então esta questão vai ser levada muito dificilmente", comentou ele ao canal Rossiya 24.

Segundo disse, as forças ucranianas mantêm os civis reféns porque "têm medo de responder pelos crimes que realizaram contra a população não só de Donbass, mas de toda a Ucrânia".
"Então [isto] será muito difícil. Será um processo de negociação, vamos tentar convencer para que entreguem as armas, e as pessoas que lá vivem não devem ser responsabilizadas pelos crimes deles [forças ucranianas]", acrescentou sobre as negociações russo-ucranianas planejadas para hoje (28).
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Após a proclamação da República Popular de Donetsk em 2014, Mariupol, com uma população de mais de 450.000 pessoas, era a segunda maior cidade da república, atrás só de Donetsk. No entanto, em junho do mesmo ano as forças ucranianas recuperaram o controle sobre ela, enquanto as regiões a leste se tornaram um dos focos do conflito no leste da Ucrânia.
Na madrugada de quinta-feira (24) Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o começo de uma operação especial militar na região de Donbass, que teve início após um pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk. O presidente russo observou que os habitantes russófonos têm sido sujeitos a um genocídio nessa região.
Segundo o governo russo, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo assim a segurança da região de Donbass e da Rússia.
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