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Lula diz que, se for eleito, vai 'abrasileirar' preço dos combustíveis

Ex-presidente critica a atual política da Petrobras de paridade e afirma que não é a favor da estatização em todos os setores da economia, mas defendeu que algumas empresas precisam ter participação do Estado.
Sputnik
Nesta quinta-feira (17), o ex-presidente Lula afirmou que, caso saia vitorioso das eleições deste ano, vai "abrasileirar" o preço dos combustíveis no Brasil.

"Sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas vamos 'abrasileirar' o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro porque o investimento é feito em real", disse Lula em entrevista à rádio Progresso.

Ao longo da entrevista, o petista criticou a atual diretriz de preços da Petrobras, que segue a política de paridade, se baseando no valor do barril do mercado internacional.
"O custo do barril do pré-sal equivale ao da Arábia Saudita. Como o Brasil é autossuficiente, não precisa seguir o preço internacional. Hoje, 432 empresas importam gasolina dos Estados Unidos em dólar. E quem paga mais caro? O povo, o caminhoneiro, o preço no custo dos alimentos", destacou.
O ex-presidente também afirmou que não é a favor da estatização em todos os setores da economia, mas defendeu que algumas empresas precisam ter participação do Estado, mesmo que seja no formato de economia mista.
O petista ainda disse que pretende fortalecer empresas estatais como a Eletrobras e os Correios, as quais estão em processo de privatização pelo atual governo.
O elevado preço dos combustíveis acontece pela política de paridade adotada em 2016 pela Petrobras, a qual faz com que o custo fique definido pela variação dos preços externos.
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O senador Rogério Carvalho (PT-SE) quer derrubar esta política. Em entrevista à Sputnik Brasil, Carvalho disse que já há um entendimento da necessidade de o Legislativo tratar a questão.
"O próprio presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco [PSB-MG], já sinalizou que o tema será pautado para votação em plenário já no início deste ano. [...] Diante da inércia de iniciativas do governo Bolsonaro para enfrentar a questão, acreditamos que o Congresso deve tratar de pensar e de apresentar soluções para a sociedade [...]", afirmou o senador.
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