Propagação e combate à COVID-19

Barra Torres diz que Anvisa recebeu 458 ameaças após aprovação da vacina infantil contra COVID-19

Em uma escalada de ameaças e críticas desde dezembro do ano passado, quando a imunização de crianças de cinco a 11 anos foi aprovada pela Anvisa, diretor da agência diz que solicitou ajuda da PF para "ações criminosas".
Sputnik
Durante reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado hoje (16), o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou que até esta segunda-feira (14), a agência recebeu 458 ameaças ou críticas à aprovação da aplicação de vacinas contra a COVID-19 em crianças.
O diretor também disse que antes da data da aprovação (no dia 16 de dezembro), a agência tinha recebido três ameaças relacionadas ao assunto, no entanto, após a aprovação, nas primeiras 48 horas, o número de ameaças por e-mail saltou de três para 124, chegando a 458 agora em fevereiro deste ano.
"Quando chegamos à data de aprovação das vacinas, eu tive o cuidado de, na véspera, solicitar uma audiência com o diretor-geral da Polícia Federal onde pontuei: 'Está para acontecer a reunião que poderá ser foco de ações criminosas'", disse.
Depois da aprovação, a vacinação de crianças na faixa etária de cinco a 11 anos começou simbolicamente no dia 14 de janeiro no Brasil.
Em um levantamento realizado pela GloboNews e divulgado no dia 7 de fevereiro, até a data, apenas 18,8% das crianças nesta faixa etária receberam a primeira dose da vacina no país, o que equivale a um pouco mais de 3,7 milhões de um total de cerca de 20 milhões de crianças nessa faixa etária.
Segundo a mídia, os estados que menos vacinaram as crianças até agora são Paraíba, Pará e Mato Grosso.
Até agora, no seguimento dos adultos, o Brasil administrou 380 milhões de doses do imunizante contra a COVID-19, sendo 150 milhões de pessoas com vacinação concluída, o que corresponde a 71,8% da população totalmente imunizada, de acordo com o Our World in Data.
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