Panorama internacional

Engenheiro naval dos EUA acusado de espionagem submarina se declara culpado

Ex-engenheiro da Marinha dos EUA era acusado de tentar vender segredos sobre submarinos nucleares para uma potência estrangeira.
Sputnik
Jonathan Toebbe, ex-oficial da Marinha norte-americana, se declarou culpado nesta segunda-feira (14) após fazer um acordo com promotores federais, escreve o The Washington Post.
Estima-se que ele pode pegar quase 17 anos de prisão após admitir que conspirou com sua esposa em um caso de espionagem de alto nível que abalou os EUA.
Ele também concordou em ajudar as autoridades a recuperar todos os dados restritos ou confidenciais do governo, bem como o dinheiro que um agente disfarçado do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) lhe deu como parte de uma operação para reunir provas contra ele.
Jonathan Toebbe, ex-engenheiro da Marinha, foi preso em 9 de outubro no condado de Jefferson, na Virgínia Ocidental, após uma operação de um ano por agentes disfarçados do FBI.
Ele está sob custódia federal desde que foi preso junto com sua esposa, Diana Toebbe, que se declarou inocente.
Segundo a denúncia, Jonathan Toebbe, em abril de 2020, tentou entrar em contato com autoridades estrangeiras, enviando uma carta onde propôs vender dados sobre a unidade de propulsão de submarinos nucleares da Marinha norte-americana.
Um agente infiltrado do FBI, que se identificou como um agente estrangeiro, contatou o engenheiro. Jonathan, com a ajuda de sua mulher Diana, vendeu várias vezes dados confidenciais ao agente, ganhando cerca de US$ 100 mil (R$ 560 mil) em criptomoeda.
A mídia Slate afirmou que a França, que é um aliado dos EUA e que informou o FBI sobre o caso, era o destino mais provável da venda de dados secretos.
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Segundo informações do processo, em um pacote carimbado em 1º de abril de 2020, uma pessoa que o FBI diz ser Jonathan Toebbe se ofereceu para vender subsegredos nucleares ao governo estrangeiro e incluiu em sua carta introdutória uma pequena amostra de documentos da Marinha.
"Se você não entrar em contato comigo até 31 de dezembro de 2020, concluirei que você não está interessado e abordarei outros possíveis compradores", dizia a carta, segundo o agente do FBI.
Essa oferta desencadeou uma investigação secreta de meses em que os agentes tiveram longas discussões por e-mail com a pessoa que mais tarde identificaram como Jonathan Toebbe.
Os agentes gravaram Toebbe e sua esposa deixando os documentos com os dados secretos, para os supostos compradores, escondidos dentro de um sanduíche de manteiga de amendoim, uma embalagem de curativo adesivo, e até mesmo um pacote de chiclete Dentyne.
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