Ciência e sociedade

Cientistas encontram em Júpiter 'luz de maior energia alguma vez detectada' no planeta

A agência espacial norte-americana NASA afirma ter detectado a presença de raios X em Júpiter e apontou o fenômeno que o tornaria possível.
Sputnik
Cientistas descobriram em Júpiter o que parece ser "a luz de maior energia alguma vez detectada" no planeta gasoso, relatou na sexta-feira (11) a agência espacial norte-americana NASA.
A luz, que é composta por raios X e foi detectada usando o satélite NuSTAR, também seria a luz de maior energia planetária de sempre já descoberta no Sistema Solar, exceto a da Terra.
Como indica a NASA, o Observatório de Raios X Chandra da agência espacial e o observatório XMM-Newton da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) já detectaram previamente raios X produzidos por auroras quando íons do Io, um dos satélites de Júpiter, interagiam com a atmosfera de Júpiter.
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No entanto, o estudo publicado na revista Astronomy parece confirmar que os elétrons de Io podem causar raios X ainda mais poderosos que essas auroras.
"É bastante difícil aos planetas gerar raios X no intervalo que o NuSTAR detecta", comentou Kaya Mori, astrofísica da Universidade de Columbia, Nova York, EUA, e autora principal da pesquisa.
"Mas Júpiter tem um campo magnético enorme e está girando muito rapidamente. Essas duas características significam que a magnetosfera do planeta age como um acelerador de partículas gigante, e é isso que torna possível essas emissões de alta energia", afirmou.
O estudo poderia ajudar a explicar por que a sonda espacial Ulysses, que sobrevoou Júpiter em 1992, não detectou raios X. Os cientistas deste estudo teriam sugerido que os raios X "se tornam mais fracos em energias mais elevadas", escreve a NASA.
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