Panorama internacional

Lavrov: reação do Ocidente às propostas de segurança ignora aspectos fundamentais para Rússia

Neste sábado (12) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realizaram conversações por telefone para discutir as tensões em torno da Ucrânia.
Sputnik
Antes das negociações, Blinken afirmou que uma "invasão" russa do país vizinho poderia começar "a qualquer momento", acusando Moscou de "escalada". A Rússia rejeitou veementemente possuir quaisquer planos de invasão.

"Como observou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, a resposta de Washington e Bruxelas relativamente aos projetos de tratado russo-americano e ao acordo com a OTAN sobre garantias de segurança ignora os aspectos fundamentais para nós, nomeadamente sobre a não expansão da aliança e não implantação de sistemas de armamentos ofensivos perto das fronteiras russas", aponta o comunicado da chancelaria russa.

Na conversa, Lavrov recordou ao seu homólogo americano sobre a inadmissibilidade de ações que violem as obrigações de manter a indivisibilidade da segurança na Europa e na região do Atlântico.
O chefe da diplomacia russa declarou também que a campanha de propaganda dos EUA e seus aliados em relação à alegada "agressão russa" contra a Ucrânia persegue objetivos provocativos.
"O ministro ressaltou que a campanha de propaganda lançada pelos EUA e seus aliados sobre a 'agressão russa' contra a Ucrânia persegue objetivos provocativos, incentivando as autoridades de Kiev a sabotar os acordos de Minsk e a tentativas perniciosas de resolver os 'problemas de Donbass' pela força", lê-se na nota divulgada pela chancelaria russa.
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Ainda neste sábado (12), Maria Zakharova, representante oficial da chancelaria russa disse que, devido à grande quantidade de armas e instrutores enviados pelo Ocidente à Ucrânia, a Rússia chega à conclusão que os EUA e Reino Unido, pelo visto, sabem de determinadas ações militares que estão sendo preparadas e que podem complicar a situação.
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